Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Kim Silva |
Orientador(a): |
Barbosa-Lima, Maria da Conceição de Almeida,
Vilar, Artur Batista |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55960
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Resumo: |
A história da luz e das cores é repleta de episódios polêmicos, alguns bastante conhecidos de pesquisadores e professores de física. Porém, aquele que foi protagonizado pelo poeta alemão Johann Wolfgang von Goethe contra o físico e matemático Isaac Newton e os newtonianos, ao contrário, é pouco abordado em profundidade. Em realidade, as suas descobertas no campo do estudo das cores ficaram relegada a círculos restritos, sendo mais conhecidas entre artistas, filósofos, arquitetos e designers. Esta dissertação apresenta para pesquisadores e professores de física o pensamento goetheano sobre luz e os fenômenos cromáticos, buscando principalmente expor a natureza polêmica da sua doutrina das cores, trazendo como materiais principais dois livros: “Contribuições para a óptica” [“Beiträge zur Opticks], publicado em duas partes em 1791 e 1792 e a segunda parte da “Doutrina das Cores” [“Zur Farbenlehre”], publicada em 1810, a chamada “Polêmica”, que segue sendo um dos discursos mais polêmicos da história da ciência. Estas obras são discutidas em seu contexto histórico e filosófico, ressaltando a recepção de suas contribuições no desenvolvimento das modernas ciências e teorias da cor, desde suas publicações até os dias de hoje, no Brasil e no mundo. Todavia, neste trabalho, o conteúdo histórico polêmico é realçado, também, à uma forma polêmica. Aqui, elabora-se uma concepção artística para a escrita da dissertação, na qual se pratica esteticamente a expressividade do discurso polêmico. Baseando-se no princípio artístico polifônico e na estética bakhtiniana, os resultados deste encontro polêmico polifônico se materializam nas múltiplas formas que em todos os elementos textuais, chamados de discursos, são escritos fazendo uso de diferentes estruturas composicionais – poemas, texto teatral, cartas, memórias, sátiras, monólogos - onde diferentes personagens são criadas, vivendo diálogos tensos e dinâmicos. Desta feita, apresenta-se o que está sendo chamado de “dissertação polifônica” sobre a polêmica “Doutrina das Cores” de Johann Wolfgang von Goethe |