Melanoma no Brasil: tendência temporal de mortalidade com modelagem idade-período-coorte, e análise de sobrevida em coorte hospitalar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Mendes, Gelcio Luiz Quintella
Orientador(a): Koifman, Sérgio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/36117
Resumo: Com a transição epidemiológica, as neoplasias ganharam grande relevância como causa de morbidade e mortalidade, principalmente em uma população que envelhece. O melanoma tem despertado grande atenção uma vez que é uma das neoplasias malignas com maior aumento na incidência nas últimas décadas, sendo a maior causa de morte entre os tumores malignos primários da pele. O principal fator de risco ambiental (radiação ultravioleta) é conhecido e potencialmente controlável, e a população com maior exposição ao risco é identificada. Os objetivos deste estudo foram identificar o comportamento desta doença na população brasileira, e avaliar os padrões de recidiva e morte de acordo com fatores sociais e do tumor propriamente dito. Foi realizada uma análise de série temporal, com modelagem idade-período-coorte, que identificou uma tendência de queda na mortalidade no país para as coortes de nascimento mais recentes. Na análise da coorte hospitalar em Centro de Referência Oncológico no Rio de Janeiro, observou-se um aumento na sobrevida global e sobrevida livre de doença para aqueles indivíduos com maior nível socioeconômico (medido pela escolaridade), ajustado por outros fatores. Observou-se nesta mesma coorte o risco de recidiva e morte segundo o estágio da doença na apresentação: risco baixo e constante no estágio inicial, risco elevado porém decrescente em estágios mais avançados. Por fim observou-se o comportamento do fator espessura da lesão (índice de Breslow) como variável contínua em pacientes com melanomas localizados na pele, identificando-se um componente linear em lesões de até cinco milímetros, tamanho a partir do qual verifica-se a existência de um platô, com estabilização do risco de recidiva e morte. Este conjunto de estudos tem impactos potenciais: na avaliação do comportamento desta doença nas coortes mais jovens, na identificação de aspectos sociais relacionados a evolução clínica e suas consequências, na determinação do risco e suas repercussões na política de seguimento dos pacientes, e no entendimento do principal fator determinante do prognóstico do melanoma em tumores localmente avançados.