Serviços de odontologia e osteogênese imperfeita no Sistema Único de Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Janine Magliari Carvalho de Moraes e
Orientador(a): Horovitz, Dafne Dain Gandelman
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25256
Resumo: Introdução: Osteogênese imperfeita (OI) é o termo genérico de um grupo heterogêneo de síndromes caracterizado por predisposição a fraturas. Considerada uma condição rara, a OI corresponde a um grupo de alterações hereditárias causadas por mutações em diversos genes. A síntese anormal do colágeno leva a ossos enfraquecidos e quebradiços, sendo outros sinais que acompanham a doença o tom azulado da esclerótica, deformidades ósseas e a perda da audição. A manifestação dental mais importante é a dentinogênese imperfeita (DI). Com relação às características crânio faciais, os indivíduos com OI normalmente apresentam face triangular, protrusão do osso temporal e osso frontal proeminente. Existe maior prevalência de maloclusão tipo Classe III de Angle, que é causada por hipoplasia da maxila com ou sem hiperplasia da mandíbula. O tratamento da OI fundamenta-se na abordagem multidisciplinar e os tratamentos odontológicos serão mais bem sucedidos quanto mais precocemente forem efetuados, devendo ocorrer à interação médico/dentista para a promoção de saúde e redução de danos. É desconhecido se esta população está sendo assistida pela rede de assistência odontológica do Sistema Único de Saúde (SUS) do município do Rio de Janeiro. Objetivo: Descrever as características dos serviços odontológicos prestados no SUS do município do Rio de Janeiro ao indivíduo com OI. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo observacional, analítico e transversal, que utilizou dois questionários semi-estruturados aplicados aos responsáveis/pacientes com OI acompanhados no Centro de Referência em Tratamento da Osteogênese Imperfeita do Instituto Fernandes Figueira e aos coordenadores dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) do município do Rio de Janeiro. Noventa e cinco (95) pacientes preencheram os critérios do estudo, além de 15 coordenadores dos CEOs. Resultados: Foi verificado que 80/95 pacientes estavam realizando tratamento dentário. Dos 15 CEOs que participaram da pesquisa, 60% (n=9) declararam que têm profissionais com prática em atender pacientes com OI, 33,3% (n=5) declararam que os profissionais ali lotados não têm prática de atendimento à pacientes com OI e 6,7% (n=1) não respondeu. Conclusão: Os Centros de Especialidades Odontológicas do município do Rio de Janeiro estão disponíveis para o atendimento aos pacientes com OI, porém ainda existem barreiras ao acesso dos pacientes a estes serviços.