Identificação e caracterização morfológica de Tritrichomonas muris (Grassi, 1879) (Parabasalia: Tritrichomonadidae) em hamster golden (Mesocricetus auratus) (waterhouse, 1839) para controle parasitológico de instalações de animais de laboratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Incerlande Soares dos
Orientador(a): Andrade, Márcia Cristina Ribeiro, Jesus, Vera Lúcia Teixeira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55204
Resumo: Neste trabalho foram realizadas técnicas de identificação, com base na morfologia e foi avaliado o ciclo de vida de Tritrichomonas muris em hamsters golden (Mesocricetus auratus), procedentes do ICTB-Fiocruz. Para a identificação do protozoário, foram realizados exames parasitológicos por método direto da mucosa intestinal, além dos métodos de Willis-Mollay, Dennis Stone & Swanson e exame direto a fresco a partir das fezes formadas. A caracterização morfológica foi efetuada por análise morfotintorial por meio dos métodos de coloração de Panótico rápido e Giemsa, além de análises ultraestruturais de microscopia eletrônica de transmissão (MET) e varredura (MEV). Para avaliar o ciclo de vida deste agente etiológico, foi feito cultivo in vitro dos protozoários em dez meios sintéticos. A partir destes, foram detectados os meios que mais se adaptaram em termos de multiplicação, sendo quatro destes selecionados para delinear uma curva de crescimento e, assim, avaliar efetivamente a evolução da sua morfologia e o tempo de sua sobrevivência no meio selecionado. Um estudo retrospectivo feito entre 2005 e 2018 das parasitoses desta criação revelou elevada prevalência de T. muris em todos os anos de análise. A elevada carga parasitária de T. muris acarretou sinais clínicos nos animais acometidos, indicando que o mesmo pode ser patogênico e não comensal. Os métodos parasitológicos feitos a partir da mucosa intestinal e das fezes formadas mostraram peculiaridades inerentes do protozoário que se manifestaram de acordo com as suas diferentes fases do ciclo de vida. Quando realizado exame direto a fresco no interior da mucosa intestinal, identificou-se a forma trofozoítica, enquanto que nas fezes formadas, observou-se a forma de pseudocisto. Todos os métodos de identificação e de caracterização morfológica demonstraram a presença do protozoário, sendo possível averiguar as técnicas mais apropriadas de avaliação de T. muris. O exame direto é melhor método parasitológicos, enquanto Willis-Mollay uma técnica ineficaz de identificação de T. muris. Em relação à análise morfotintorial, verificou-se que ambas as técnicas de coloração adotadas (Panótico rápido e Giemsa) permitem uma boa visualização do protozoário. As análises processadas por MET e MEV demonstraram semelhanças entre as ultraestruturas de T. foetus e T. muris. No tocante à curva de crescimento de T. muris feita a partir de meios sintéticos, considerou-se o Diamond’s como o meio “padrão-ouro” para o crescimento do protozoário, sendo, contudo, necessário atentar-se ao tempo das análises, desde a coleta das amostras até o seu processamento, devido ao curto período de sobrevivência do protozoário (6 horas). Os resultados obtidos permitiram aprimorar o conhecimento de T. muris, viabilizando implantar técnicas apropriadas à sua identificação e caracterização morfológica, direcionando, assim, manejos técnicos com os animais e contribuindo sobremaneira com a comunidade científica mundial