Resiliência e expressão do nível de cortisol em uma amostra de adolescentes escolares de São Gonçalo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Comodo, Andréa Carvalho Machado
Orientador(a): Pinto, Liana Wernersbach
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24057
Resumo: O objetivo deste trabalho é conhecer a relação entre o potencial de resiliência e a expressão do nível de cortisol em adolescentes escolares de São Gonçalo (RJ). A resiliência é a capacidade que permite a transformação de uma situação adversa e traumática em superação e crescimento. Também pode ser entendida como um complexo sistema biológico que opera desde o nível molecular até o nível social, possibilitando haver uma adaptação ao estresse e impedindo o desenvolvimento de patologias. Compreender os aspectos neurobiológicos a ela inerentes e dentre os quais o cortisol está inserido é fundamental para traçar medidas de intervenção e prevenção de saúde. O estudo baseou-se na análise de um inquérito epidemiológico aplicado a adolescentes escolares de São Gonçalo, Rio de Janeiro. Os alunos foram selecionados em escolas particulares e públicas, que foram incialmente amostrados por conglomerados em dois estágios (escolas e turmas). Neste trabalho, são analisadas informações de 437 escolares (63,5% de mulheres e média de idade 13,71 anos), entre as quais estão: características socioeconômicas, potencial de resiliência e nível de cortisol livre na saliva. Amostras de saliva foram analisadas utilizando imunoensaios enzimáticos e os resultados são apresentados em forma de dois artigos científicos. O primeiro artigo é uma revisão bibliográfica sistemática sobre o tema da resiliência entre adolescentes e cortisol no período de 2000 a 2016. Entre os resultados, constata-se à precariedade de estudos sobre a associação entre o biomarcador cortisol e a resiliência de adolescentes. A maioria dos trabalhos analisados encontra uma correlação entre o baixo nível de cortisol e o comportamento resiliente. O segundo artigo buscou verificar a associação de níveis de cortisol com o potencial de resiliência em adolescentes escolares. Verificou-se que não houve diferença significativa dos níveis de cortisol entre os adolescentes com maior e menor potencial de resiliência e também entre os sexos. A presença de apoio social e o fato de ter muitos amigos foram os principais preditores de resiliência na adolescência. Os resultados encontrados nessa dissertação revelam a necessidade de investimentos futuros na área para a melhor compreensão do problema.