Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santos, Rafael Teixeira Tibúrcio dos |
Orientador(a): |
Brodskyn, Cláudia Ida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40205
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: As leishmanioses constituem uma coletânea de doenças de caráter negligenciado que afligem milhões de pessoas em escala global. Tal patologia é causada por protozoários pertencentes ao gênero Leishmania cujos vetores de transmissão são artrópodes flebotomínios que albergam o parasito. A infecção se inicia durante o repasto sanguíneo do flebotomínios, quando ocorre a inoculação das formas promastigotas do parasita e componentes salivares imunomodulatórios na pele do hospedeiro mamífero. Diversos tipos de células imunes participam sinergicamente da resposta contra a Leishmania. Dentre estas células, destacam-se os neutrófilos, células polimorfonucleares que desempenham papel fundamental no recrutamento e ativação de outras células imunológicas. Neutrófilos são capazes de estabelecer um diálogo íntimo com células dendríticas através de receptores de membrana como o DC-SIGN, promovendo então o estabelecimento de respostas imunológicas integradas no controle da infecção. Contudo, pouco se sabe a respeito do papel de neutrófilos ativados no desfecho da infecção de Leishmania amazonensis em células dendríticas humanas. OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivo investigar os mecanismos empregados por neutrófilos humanos no controle da infecção por L. amazonensis em células dendríticas. MATERIAL E MÉTODOS: neutrófilos e células dendríticas humanas foram purificadas a partir de sangue periférico de doadores saudáveis. Os neutrófilos foram ativados com fibronectina por 1 hora e subsequentemente incubados com células dendríticas infectadas por L. amazonensis. RESULTADOS: Nossos resultados apontam a participação dos neutrófilos no controle da infecção de maneira independente do seu estado de ativação. A neutralização de enzimas presentes nos grânulos dos neutrófilos apontou que a eliminação do parasita ocorre de maneira independente de tais enzimas. Verificamos que a destruição de Leishmania foi dependente do contato direto via DCSIGN entre neutrófilos e células dendríticas. Observamos que a produção de mediadores lipídicos e maturação de células dendríticas também ocorreu de maneira dependente deste receptor. Por fim, observamos que a destruição parasitária necessitou da participação do TNFα e LTB4 produzidos na co-cultura. CONCLUSÃO: Coletivamente, nossos resultados demonstraram que neutrófilos humanos modulam tanto a maturação como a capacidade de células dendríticas infectadas em destruir o parasito de maneira dependente do contato físico direto por intermédio do DC-SIGN e da subsequente produção de TNFα e mediadores lipídicos. |