Exposição a agrotóxicos, atividade agrícola e mortalidade por Linfoma do tipo não - Hodgkin no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Boccolini, Patricia de Moraes Mello
Orientador(a): Meyer, Armando, Koifman, Rosalina Jorge
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24225
Resumo: O Brasil encontra-se entre os principais consumidores mundiais de agrotóxicos. O uso contínuo de agrotóxicos pode estar associado à etiologia do câncer,como o Linfoma não-Hodgkin (LNH). Objetivo: Estimar a correlação da venda per capita de agrotóxicos em 1985 com as taxas de mortalidade por LNH entre 1996-2005 por microrregiões do Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo ecológico onde o consumo per capita de agrotóxicos em 1985 foi analisado como uma medida indireta da exposição populacional a essas substâncias químicas em microrregiõesbrasileiras. Foram estudadas as mortes por LNH em sujeitos entre 20 a 69 anos, de ambos os sexos, ocorridas entre 1996 e 2005, nas 446 microrregiões brasileiras, definidas segundo o IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que se encontravam nos aglomerados não urbanos. As microrregiões foram categorizadas em baixo, médio, alto e muito alto consumo de agrotóxicos, de acordo com os quartis de consumo per capita. As taxas de mortalidade por LNH foram calculadas para cada um dos quartis e as razões de taxa foram obtidas utilizando o menor quartil (primeiro) como referência. Foi estimado o grau de correlação de Spearman entre a exposição a agrotóxicos e a mortalidade por LNH. Resultados: Foi encontrada correlação moderada entre o consumo per capita de agrotóxicos e a taxa de mortalidade padronizada por LNH na população dos aglomerados não urbanos (r=0,597). Usando as microrregiões com baixo consumo per capita de agrotóxicos como referência, observamos umaumento gradual no risco de morte por LNH em função do quartil de consumo destas substâncias: sexo masculino - (quarto quartil MRR=2,92; IC 95 por cento 2,74-3,11) e sexo feminino (quarto quartil MRR=3,20; IC 95% 2,98-3,43).