Regionalização em Saúde: o nordeste em questão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gonçalves, Juliana
Orientador(a): Sousa, Islândia Maria Carvalho de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56833
Resumo: Princípio inerente à organização do Sistema Único de Saúde (SUS), a Regionalização tem sido objeto de estudo na academia e aposta da gestão para o alcance de avanços no processo de reestruturação do SUS. Em particular, a Região Nordeste apresenta um histórico de desenvolvimento econômico desigual em seu território, cenário que influenciou no desdobramento do setor saúde e projetou vazios assistenciais, o que provoca a necessidade de intervenção direcionada. Este trabalho objetivou analisar o processo de Regionalização da saúde no Nordeste brasileiro, na perspectiva da gestão estadual. Trata-se de uma pesquisa de delineamento qualitativo do tipo estudo de casos múltiplos. A coleta de dados decorreu de visita in locu aos estados para realização de entrevista semiestruturada, sendo os dados submetidos à análise de conteúdo. Diante dos resultados obtidos, no geral, os estados têm as normativas como base e buscam nelas manter um direcionamento que confere ao sistema e suas organizações um comando único, ideário do SUS, havendo empenho de acompanhar as normativas ministeriais Ainda assim, os múltiplos casos analisados permitem evidenciar que cinco estados nordestinos apresentaram maiores esforços em atuar junto às regiões, e, portanto, se alinham à tese de estados mais favoráveis a fortalecerem a gestão regional, diante da execução de tais normativas e necessidades regionais. Estes estados estabeleceram estratégias de trabalho contundentes e sistemáticas de aproximação com as regiões de saúde, como Grupos de Trabalho, Apoio Institucional, presença nos espaços de governança regional, entre outros. Com o estudo foi possivel compreender os estados nordestinos para além de meros executores de normativas, mas também em suas potências e fragilidades para condução de uma gestão fortalecedora dos processos de gestão regional.