Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Ruas, Ester Cristina Machado |
Orientador(a): |
Ribeiro, Ana Paula Goulart |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/19383
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Resumo: |
Este trabalho busca compreender os processos que levaram à utilização do conceito de aversão ao tabaco e seus efeitos na produção das advertências sanitárias, bem como a forma com que foram apropriados pela população, analisando documentos do acervo do movimento antitabagista (textuais, bibliográficos e fotográficos) a fim de interpretar as trajetórias histórica, política e social das condições de circulação e, eventualmente, apropriação das imagens de advertências sanitárias. Ainda, em que medida a ampliação do conceito de aversão pode ser pensada em relação aos princípios de comunicação e saúde pressupostos pelo Sistema Único de Saúde. Ademais, investiga as negociações e conflitos, os porta-vozes, as estratégias usadas e os discursos envolvidos nessa rede de relações que resultam na declaração dessas advertências como política pública. Com este objetivo, são realizadas 61 entrevistas semiestruturadas em todo o país, envolvendo os responsáveis pela produção das imagens aversivas de 2008, além de 40 diretores das Escolas Técnicas do SUS e 20 coordenadores estaduais do Curso de Formação aos Agentes Comunitários e Auxiliares e Técnicos de Enfermagem em crack, álcool e outras drogas. O corpus de análise dos discursos escrito e oral estará alinhado ao postulado da Semiologia dos Discursos Sociais, que os consideram práticas inseridas em um dado contexto. Seus fundamentos teóricos são empregados para embasar meu olhar sobre o objeto da pesquisa A interseção de documentos com as vozes da produção e do campo fizeram aflorar outros caminhos além do aversivo: surge um comunicar diferente para o público que não é afetado pelas imagens em circulação, como imagens de humor, biográficas, narrativas, testemunhais. Registraram o uso da hipermídia, conectando as imagens a filmes de longa e curta-metragem, sites e redes sociais, para dar transparência e aumentar a participação de todos, alinhado aos princípios do SUS. Finalmente, sublinha a falta de consenso entre as políticas do Estado que enfraquecem a construção de uma comunicação (teórica e prática) em saúde pública dentro do governo e dele com a sociedade. Concluiu-se que o apelo às sensações aversivas nas imagens das advertências, ao ser apropriado pela população, distancia-se dos princípios da comunicação em saúde pública dialógica, informativa e participativa |