Frequência, características serológicas e moleculares de Hepatite B oculta em doadores de sangue do Banco de Sangue no Hospital Central de Maputo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Zicai, Ana Flora dos Mabunda
Orientador(a): Bhatt, Nilesh Balbhadra, Rodrigues, Lia Laura Lewis Ximenez de Souza, Mabunda, Nédio Eugénio Jonas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26856
Resumo: A hepatite B oculta é caracterizada pela presença do ácido desoxiribonucleíco (ADN) do VHB no soro, plasma ou tecido hepático em indivíduos com serologia negativa para o antígeno de superfície (HBsAg). Os mecanismos que conduzem à infecção oculta pelo VHB não são claros, embora as mutações virais sejam provavelmente um factor significativo. O objectivo deste estudo foi determinar a frequência, presença de marcadores serológicos e caracteríticas moleculares dos casos com Hepatite B Oculta em dadores de sangue no banco de sangue do Hospital Central de Maputo. Para tal, 1500 dadores de sangue foram recrutados e testados para HBsAg. As amostras HBsAg negativas foram testadas para identificar à presença de ADN do VHB. Amostras com o ADN do VHB detectado foram submetidas ao nested PCR para amplificação das regiões S e P do genoma de VHB, de seguida foram sequenciadas A frequência de hepatite B oculta foi de 1,2% (17/1436). Os resultados das análises filogenéticas realizadas em 10 dos 17 casos com hepatite B oculta revelaram que 9 isolados pertenciam ao genótipo A e um isolado pertencia ao genótipo E. Foi encontrada um mutação de escape em uma das amostras e varias substituições de aminoácidos na região S e P. O marcador Anti-HBc foi encontrado na maior parte casos com Hepatite B oculta 76,4% (13/17) e não foi registada a reactividade para HBeAg. Os dados mostram uma urgência de introdução de testes complementares para a exclusão de Hepatite B Oculta e necessidade de maior entendimento dos factores relacionados com a não expressão de HBsAg (Hepatite Oculta).