Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Ana Cecilia Ribeiro |
Orientador(a): |
Moura Neto, Vivaldo,
Galler, Ricardo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4111
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Resumo: |
A febre do dengue está amplamente distribuída por todas as áreas tropicais do mundo. Em certas áreas endêmicas, as formas graves da doença, febre hemorrágica do dengue (FHD) e síndrome de choque do dengue (SCD), ocorrem com freqüência. Outras manifestações clínicas, como, por exemplo, encefalopatias, encefalites, mielite transversa, também tem sido observadas. O nosso objetivo foi a caracterização genética e biológica de amostras de vírus VDEN2 e 3, com ênfase no caráter de neurovirulência do vírus VDEN2. As amostras de VDEN 2 e 3 utilizadas foram isoladas na Serviço de Arbovírus do Instituto Evandro Chagas a partir de soro de pacientes com quadro clínico de dengue (FD e FHD) e manifestações neurológicas. Os vírus padrão foram o VDEN2 Nova Guiné C e 44-2, VDEN3 H87. As 11 seqüências do vírus VDEN2 quando comparados entre si e com 16 outras seqüências do VDEN2 apresentaram percentual médio de identidade nucleotídica e aminoácido de 89,5 e 99,8% respectivamente. Os estudos filogenéticos realizados mostram os isolados brasileiros pertencem ao genótipo III de origem Asiática. As 10 seqüências do vírus VDEN3 quando comparados entre si e com 16 outras seqüências do VDEN3 apresentaram percentual médio identidade nucleotídica e aminoácido de 89,6 e 100% respectivamente.Os estudos filogenéticos realizados mostram que estão agrupados ao genótipo III também de origem Asiática. O virus VDEN2 isolado a partir de caso mielite transversa (Bel61082) foi caracterizado pelo sequenciamento nucleotidico da região estrutural assim como em testes de neurovirulência em camundongos recém-nascidos. A susceptibilidade de culturas primárias de neurônios e astrócitos, células de glioma humano, também foi estudada para fins de caracterização do caráter neurovirulento do vírus.O estudo de neurovirulência em infecção de camundongo mostrou sinais aparentes de doença apenas após a inoculação da cepa NGC, mas a replicação do vírus Bel 61082 pode ser detectada por RT-PCR em suspensão de cérebro de camundongo. Obtivemos evidências experimentais de apoptose nas células neuronais infectadas com VDEN2 NGC e Bel61082. No sequenciamento nucleotídico, a principal alteração observada está localizada na proteína M 28, região esta conhecida como pró-apoptótica. |