Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Telles, Alexandre Oliveira |
Orientador(a): |
Ribeiro, José Mendes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/46284
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Resumo: |
O Programa Mais Médicos (PMM), lançado em 2013 pelo Governo Federal, apresentou como um dos objetivos a expansão de vagas para graduação em Medicina no Brasil. O país até então, apesar do dever legal de ordenação da formação de recursos humanos pelo Sistema Único de Saúde, não tinha uma política para aumentar o número de médicos no país. O provimento adequado de recursos humanos em saúde, em especial médicos, é um desafio para diversas nações, pois a maior concentração tende a acontecer nas maiores cidades, ocasionando escassez de profissionais em áreas remotas. Objetivo: analisar a política pública do Programa Mais Médicos, com foco no eixo de expansão das escolas médicas e vagas de graduação em medicina. Metodologia: análise de política pública, utilizando dados oficiais como editais do Ministério da Educação, legislação relativa à expansão de vagas, a repercussão de tal eixo na mídia e as disputas relativas, considerando como atores importantes entidades médicas e de gestores. Resultados: O PMM estimulou a criação de 14 mil novas vagas de Medicina no país entre os anos de 2013 e 2018, com grande expansão em regiões antes sem cursos de formação e estimulou a integração ensino-serviço, com o objetivo de qualificar a rede de saúde. As entidades médicas se posicionaram contra a expansão de vagas, que alegaram ser descontrolada e sem critérios, por outro lado as entidades dos gestores e da saúde coletiva apontavam para a necessidade de expansão de vagas para superar a escassez de médicos. Conclusão: A expansão de escolas médicas privilegiou o setor privado, que obteve a maior parte das novas vagas autorizadas. É importante frisar também que a mudança de governo representou uma ruptura na política, o que impede de analisar por inteiro seus resultados. Apesar da expansão de vagas de graduação em medicina se pode afirmar que não foi plural e inclusiva, pois ocorreu em maior parte na rede particular de ensino com mais de 70% das vagas oferecidas em universidades privadas. É necessário superar a escassez de profissionais, sem deformar a formação profissional, para que possamos garantir o acesso à saúde a toda população brasileira. |