Células-tronco mesenquimais do tecido adiposo e cordão umbilical de seres humanos: caracterização, análises comparativas e avaliação da capacidade imunomodulatória sobre as células estreladas hepáticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Carvalho, Camila Lima
Orientador(a): Montenegro, Sílvia, Oliveira, Sheilla Andrade de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/22897
Resumo: O potencial de imunomodulação das células-tronco mesenquimais (CTM) vem sendo avaliado no reparo e/ou regeneração de tecidos com lesão. As CTM podem ser isoladas de diversos tecidos, entre os quais o tecido adiposo e cordão umbilical, são considerados fontes bastante importantes para obtenção dessas células. Contudo, características biológicas básicas das CTM do tecido adiposo e cordão umbilical ainda precisam ser elucidadas. Uma das promissoras aplicações das CTM é na terapia de doenças hepáticas, mas os mecanismos pelos quais essas células promoveriam a melhora da função do fígado não estão bem elucidados. Nesse contexto, caracterizamos aspectos fenotípicos de CTM do tecido adiposo e cordão umbilical, analisando o potencial imunomodulador sobre as células estreladas hepáticas (CEH), célula-chave da fibrogênese no fígado. Para isso, a capacidade de diferenciação em linhagens, imunofenotipagem, perfil de ligação de lectinas e características ultraestruturais das CTM foram analisadas. Após o co-cultivo indireto entre as CTM e CEH, a marcação para das células CEH para apoptose foi realizada e o sobrenadante foi coletado para avaliação de citocinas. Na comparação entre as CTM de ambas a fontes, foram observados diferentes aspectos ultraestruturais e intensidade de ligação de lectinas. As CTM do tecido adiposo apresentaram melhor capacidade de diferenciação adipogênica e osteogênica, contudo ambas as CTM apresentaram perfil imunofenotípico e diferenciação condrogênica similares. No cocultivo indireto, foi observado que as CTM levaram a redução significativa da produção de MCP-1 (citocina considerada relevante para o aumento da resposta inflamatória e fibrogênese no fígado) pelas CEH. Aumento da produção de IL-10 pelas CTM do cordão umbilical e IL-6 pelas CEH foi identificado, o que poderia estar associado à manutenção de um microambiente regulatório. Os resultados demonstraram que as CTM do tecido adiposo e cordão umbilical apresentam consideráveis diferenças fenotípicas. Apesar de ambas as CTM apresentarem ação imunomodulatória sobre as CEH, as CTM do cordão umbilical podem representar uma população de células mais promissoras para a aplicação terapêutica nas doenças hepáticas fibrosantes quando comparadas às CTM do tecido adiposo. Esses resultados podem contribuir para o aprimoramento dos estudos na área de terapia celular que avaliem os possíveis efeitos proporcionados pela aplicação das CTM do tecido adiposo e cordão umbilical (AU)