Avaliação do custo efetividade da profilaxia do vírus sincicial respiratório em lactentes com cardiopatia congênita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Cintra, Monica Akissue de Camargo Teixeira
Orientador(a): Tura, Bernardo Rangel, Santos, Marisa da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9313
Resumo: Introdução: O vírus sincicial respiratório (VSR) é o principal agente das infecções respiratórias agudas que acometem o trato respiratório inferior em crianças menores de dois anos de idade. No Brasil, o VSR representa até 54,1% do total de hospitalizações por pneumonia/bronquiolite em menores de um ano de idade, podendo chegar a até 70% durante os períodos epidêmicos, que ocorrem no outono e inverno. A cardiopatia congênita é um fator de risco importante para morbidade e letalidade da infecção por VSR. O palivizumabe (PVZ) é um anticorpo monoclonal humanizado que inibe a replicação do VSR. Este estudo teve como objetivo principal realizar uma análise de custo efetividade do uso do PVZ em lactentes submetidos à cirurgia cardíaca para correção de cardiopatia congênita. Materiais e métodos: A tese foi dividida em dois tópicos sendo o primeiro referente às Revisões Sistemáticas da literatura com três buscas distintas para eficácia, segurança do PVZ e prevalência do VSR em lactentes no Brasil. A busca bibliográfica foi realizada nas bases de dados Medline, Cochrane e LILACS. No segundo tópico a avaliação econômica elaborou um modelo analítico de decisão para estimar a razão de custo efetividade com o uso do PVZ para profilaxia da infecção por VSR em crianças submetidas à cirurgia cardíaca, sob a perspectiva do SUS, com o horizonte de tempo do período pós-operatório Resultados: A busca de eficácia retornou 478 títulos e foram extraídos dados de duas RS que mostraram que o PVZ reduz internação em cardiopatas em 45%. A busca de segurança retornou 67 títulos e mostrou que o PVZ é seguro para esta população e a busca de prevalência de VSR no Brasil retornou 120 títulos e foram extraídos dados de 17 artigos que mostraram que nas crianças internadas com infecção das vias aéreas inferiores há prevalência de 24,35% de infecção pelo VSR. O modelo analítico mostrou uma razão de custo efetividade incremental de R$ 2.071,90 por dia de internação evitado e uma razão de custo efetividade incremental de R$ 317.757.33 por complicação evitada. Conclusão: A prevalência de VSR no Brasil é de 24,35% e apresenta sazonalidade variando com região do país. PVZ mostrou-se eficaz e seguro para prevenir a forma grave da infecção por VSR em crianças com até dois anos de idade com cardiopatia congênita. Seu uso demonstrou uma importante diminuição na hospitalização das crianças que receberam a medicação. A terapia com PVZ mostrou-se efetiva, porém com um custo alto para se evitar um desfecho. Os estudos publicados mundialmente são controversos, necessitando de discussão para a implementação da terapia no Brasil