H1N e produção de sentidos na mídia: a epidemia de 2009 nas páginas de O Globo, Extra e Expresso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Tania Regina Neves da
Orientador(a): Lerner, Kátia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5852
Resumo: Esta pesquisa procura compreender o modo como se deu a produção de sentidos sobre a epidemia de influenza H1N1 na cobertura jornalística dos jornais O Globo, Extra e Expresso da Informação, do Rio de Janeiro, no período de 25 abril a 18 de agosto de 2009. A partir da delimitação de sete momentos considerados marcantes – a saber: o surgimento da doença, as primeiras suspeitas de contaminação, a confirmação dos primeiros casos, o anúncio de pandemia, a primeira morte no Brasil, a primeira morte no Rio de Janeiro e o início do declínio dos casos de contaminação – o trabalho consiste na análise da produção discursiva dos jornais em questão. Com base nos conceitos da Semiologia dos Discursos Sociais, de Milton José Pinto, e o adicional aporte teórico de Norman Fairclough (tridimensionalidade do discurso), Mikhail Bakhtin (dialogismo) e Eliseo Verón (contrato de leitura), busca-se compreender como as diversas vozes presentes no noticiário se articularam e quais estratégias enunciativas foram utilizadas pelos veículos para dar sentidos à epidemia naquele momento. Entre os principais achados, conclui-se que a estimulação do medo e a quantificação diária das vítimas foram os grandes norteadores das coberturas e pontos em comum dos três jornais. No campo das diferenças, O Globo se orientou por um intertexto político, o Extra adotou postura mais didática e o Expresso optou pela simplificação do noticiário sobre a H1N1.