Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Amazonas, Juliana Costa |
Orientador(a): |
Alves, Sergio Rabello |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54903
|
Resumo: |
O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos desde 2008 e essa intensa utilização impacta não só o meio ambiente mas também expõe uma ampla gama de indivíduos, como os trabalhadores rurais que são expostos ocupacionalmente aos agrotóxicos, os moradores da área rural, devido à proximidade territorial entre as áreas de produção agrícola e seu local de moradia, além de consumidores de alimentos contendo resíduos de agrotóxicos. O objetivo deste estudo foi avaliar a exposição ocupacional aos agrotóxicos e identificar os efeitos genotóxicos e neurotóxicos em trabalhadores e moradores rurais do município de Casimiro de Abreu (RJ) através do teste do micronúcleo (MN) e da avaliação da atividade das enzimas colinesterásicas (AChE e BChE). A avaliação dos dados socioeconômicos, demográficos e de uso dos agrotóxicos indicaram o baixo nível de escolaridade dos trabalhadores rurais, a falta de orientação especializada, ou seja, uma assistência técnica, a destinação incorreta das embalagens vazias além da utilização de agrotóxicos não permitidos para as culturas em que são utilizadas. Quanto aos biomarcadores, foi observada uma relação entre a exposição aos agrotóxicos e a diminuição da atividade das enzimas colinesterásicas principalmente para a butirilcolinesterase dos moradores e trabalhadores rurais quando comparados aos moradores da área urbana. A frequência de alterações indicativas de efeitos genotóxicos aumentou significativamente nos trabalhadores rurais expostos ocupacionalmente quando comparados aos moradores da área urbana e não expostos ocupacionalmente aos agrotóxicos, demonstrando que indivíduos expostos ocupacionalmente aos agrotóxicos tem sete vezes mais chance de apresentar efeitos genotóxicos quando comparados aos indivíduos não expostos ocupacionalmente (moradores da área urbana). As informações resultantes dessa pesquisa servirão para subsidiar a execução de programas de monitorização de populações expostas às substâncias neurotóxicas e genotóxicas e permitir o desenvolvimento de estratégias de prevenção, controle e vigilância de efeitos gerados pelas exposições ocupacionais e ambientais aos agrotóxicos. |