Caracterização da resposta imune celular e humoral frente ao antígeno protetor rico em cisteína de p. Vivax (pvcyrpa) em indivíduos da amazônia brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Soares, Isabela Ferreira
Orientador(a): Lima Junior, Josué da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53296
Resumo: As infecções causadas por Plasmodium vivax representam um grave problema de saúde pública, sendo esta espécie plasmodial considerada uma das mais difíceis de se eliminar. Por esta razão a pesquisa de antígenos candidatos vacinais específicos para P. vivax necessita de impulso, uma vez que atualmente existe uma única candidata vacinal em ensaios clínicos na iniciativa global de desenvolvimento de vacinas anti-maláricas. Neste cenário, a proteína PvCyRPA, presente em merozoítas de P. vivax surgiu como uma promissora candidata vacinal. Ensaios em P. falciparum demonstraram que anticorpos contra esta proteína são capazes de impedir a invasão de eritrócitos tanto in vitro como in vivo, além disso, essa proteína foi indicada em uma ampla biblioteca de antígenos de P. vivax como uma das proteínas com maior potencial protetor, mesmo com baixos níveis de anticorpos. Nesse aspecto, o objetivo deste trabalho foi caracterizar as respostas imune humoral e celular frente à proteína PvCyRPA em uma população da Amazônia brasileira naturalmente exposta à malária e correlacionar as respostas encontradas com parâmetros de exposição/proteção. Nos resultados obtidos verificou-se que a PvCyRPA é naturalmente imunogênica na população de estudo, e que a presença de anticorpos IgM contra esta proteína parece ser um indicativo de infecções recentes. Os anticorpos citofílicos IgG3 produzidos nessa população estão correlacionados com o número de infecções anteriores. A proteína apresenta uma sobreposição importante de epítopos de células B e T e as sequências correspondentes aos epítopos de células T foram capazes de induzir a produção de INF-γ em ensaios de ELISPOT. Estes dados representam a primeira caracterização da resposta imune frente à PvCyRPA em populações brasileiras e reforçam o potencial deste antígeno como um candidato vacinal para P. vivax