Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Pinho, Rosa Teixeira de |
Orientador(a): |
De Simone, Salvatore Giovanni |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/22990
|
Resumo: |
Neste trabalho, nós estudamos aspectos da doença de Chagas relacionados ao imunodiagnóstico desenvolvendo um novo teste de diagnóstico utilizando saliva, estudamos aspectos relacionados à imunopatologia e isolamos proteinases ácidas do Trypanosoma cruzi. Em nosso primeiro estudo desenvolvemos um teste para o diagnóstico de doença de Chagas. Para isto, utilizamos saliva de pacientes na fase crônica da doença e detectamos, por ELISA, anticorpos específicos da classe IgG em 103 dos 114 testados com 95 e 90 % de especificidade e sensibilidade, respectivamente. Embora, a utilização de soro comparado à da saliva forneça melhores resultados, concluímos que este pode ser um teste alternativo para imunodiagnóstico da doença de Chagas. No segundo estudo caracterizamos os antígenos liberados de T. cruzi que se ligam em células não infectadas de mamíferos. Assim, detectamos através de marcação com metionina (35S), que antígenos liberados por tripomastigotas do T. cruzi, adsorveram-se às células não-infectadas e estes foram identificados com massa molecular de 85-110 e 160-170 kDa. Foi também demonstrado o efeito destes antígenos nestas células por imuno-citoquímica e detectamos aumento de expressão de componentes da matriz extracelular (ECM) como colágeno, laminina e fibronectina. Assim, concluímos, que estes antígenos podem ser importantes na inflamação secundária à infecção pelo T. cruzi No terceiro estudo isolamos, através de coluna de afinidade agarosepepstatina A, duas proteinases (CZP-I e CZP-II) de formas epimastigotas de T. cruzi. A atividade enzimática destas foi observada na região de 56-48 kDa em pH 3,5. O conteúdo de a- hélice, estruturas b, e estruturas não definidas foi de 9, 62 e 17% respectivamente. Ambas as enzimas foram inibidas pelo inibidor clássico pepstatina A (\2A7E68%) e pelo marcador de sitio aspártico protease ativo, 1,2-epoxy-3-(phenylnitrophenoxy) propane (\2A7E80%). Usando-se soros imunes produzidos em coelhos contra estas duas enzimas detectou-se a presença de ambas em todas as formas do parasito (Anexo II). Os resultados obtidos nos permitem concluir que estas proteinases têm características da classe das aspártico poteinases. Ainda, avaliamos a imunogenicidade da proteinase (CZP-II) em camundongos e obtivemos resposta proliferativa proporcional à quantidade de enzima adicionada. Foram também avaliadas, através de imunofenotipagem, as subpopulações das células T presentes ao final da linfoproliferação e verificou-se um predomínio de células CD8+ em relação às células CD4+. Foi ainda observada produção de IFN-g enquanto a detecção de producão de IL-4 foi baixa. Estes resultados sugerem que esta enzima possa ter papel na imuno regulação na infecção pelo T. cruzi no modelo murino. |