Rede Cegonha no Brasil: o componente pré-natal e parto na percepção das usuárias do SUS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Melquiades, Julianne Melo dos Santos.
Orientador(a): Dantas Junior, Garibaldi Gurgel, Diniz, George Tadeu Nunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53434
Resumo: A atenção pré-natal de qualidade deve proporcionar ações resolutivas e acolhedoras às gestantes, bem como coordenar o acesso, necessário à oferta de serviços adequados na gestação, parto e pós-parto, essenciais na prevenção e proteção de eventos adversos na saúde obstétrica. O objetivo desse estudo foi analisar a percepção das usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre a orientação recebida durante as consultas do pré-natal e a internação para o parto realizadas entre 2013 e 2014 no Brasil. Realizou-se um estudo de corte transversal, analítico, com dados fornecidos pela Ouvidoria do SUS. Foram incluídas 42.657 mulheres, na primeira fase do estudo, e na segunda fase, foi utilizado um recorte amostral com 7.857, que tiveram seus partos em maternidades públicas e privadas conveniadas ao SUS e realizado os testes de qui-quadrado, análise de resíduos padronizados e modelos de regressão logística. Na primeira fase observou-se que residir no Norte do país, ter de 20 a 39 anos, casada, sem renda e sem plano de saúde apresentaram associação positiva com a ausência de informação sobre orientações do pré-natal. Na segunda fase, observou-se no modelo final que as variáveis idade de 14 a 19 anos (p=0,0005); expectativa negativa do pré-natal (p=0,0006) e nenhuma expectativa do pré-natal (p=0,0004); não aferiu pressão arterial em todas as consultas (p= 0,0015); nenhum estímulo ao tipo de parto (p=0,0000); não foi orientada em qual hospital deveria ter o bebê (p=0,0000); não tiveram acompanhante de sua escolha (p=0,0000); não receberam remédio ou anestesia quando solicitado para alívio da dor (p=0,0019); não foram orientadas sobre os procedimentos feitos (p=0,0000); não foram orientadas sobre a posição do parto (p=0,0000); demorou a ser atendida (p=0,0515), potencializam a probabilidade de não ter recebido orientação. Na percepção das usuárias, o pré-natal e parto da Rede Cegonha não tem cumprido as normas preconizadas relacionadas à orientação do SUS. Contudo, é necessário melhorar as informações oferecidas às gestantes com repercussão sobre partos e nascimento no Brasil (AU).