Avaliação dos efeitos de terapias com células de medula óssea em modelo experimental de diabetes mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Souza, Siane Campos de
Orientador(a): Soares, Milena Botelho Pereira, Freitas, Luiz Antonio Rodrigues de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4302
Resumo: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma disfunção metabólica que afeta milhões de pessoas em números crescentes em todo o mundo. É caracterizado pela resistência dos tecidosalvo à insulina e/ou defeitos na sua secreção, acarretando uma hiperglicemia crônica, que pode gerar danos no sistema cardiovascular, nervoso, olhos, rins e fígado e representam um ônus para os sistemas de saúde. Doença de etiologia múltipla, o DM2 resulta da interação entre predisposição genética e fatores ambientais, destacando-se a obesidade. O tratamento do DM2 geralmente envolve mudanças de hábito e drogas anti-hiperglicemiantes ou hipoglicemiantes que podem acarretar efeitos colaterais. As recentes descobertas sobre a plasticidade e o potencial terapêutico das células-tronco de medula óssea indicam uma possível aplicação destas no tratamento do DM2 e suas complicações. Para investigar esse potencial, foi estabelecido um modelo de diabetes em camundongos C57Bl/6 através da administração de dieta hipergordurosa. Após o período de indução, os animais apresentavam obesidade, hiperglicemia, intolerância à glicose, proteinúria e esteato-hepatite não-alcoólica. Camundongos C57Bl/6 fêmeas não desenvolvem obesidade, hiperglicemia e DM2 quando submetidas à mesma dieta que os machos. Apenas os machos foram então tratados com células mononucleares de medula óssea e acompanhados durante seis meses. A terapia com células mononucleares de medula óssea não reduz o peso corpóreo dos animais obesos e diabéticos. Três e seis meses após a terapia, não foi observada redução da glicemia de jejum dos animais.Três meses após a terapia, observou-se redução da intolerância a glicose nos animais alimentados com dieta high-fat.Houve uma redução da fibrose perissinusoidal no fígado após 3 meses de terapia e esta diferença se manteve até 6 meses após a terapia.