Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Bergamo, Ana Cláudia |
Orientador(a): |
Abrantes, Shirley de Mello Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60583
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Resumo: |
O Sulfametoxazol (SMX) é um antibiótico de amplo espectro, pertencente à classe das sulfonamidas. Ele inibe competitivamente a enzima bacteriana diidropteroatosintetase, enquanto a trimetoprima (TMP) é uma inibidora da diidrofolato-redutase. Ambas as drogas bloqueiam o metabolismo do ácido fólico produzindo uma atividade sinérgica antibacteriana. A associação é utilizada no tratamento de infecções bacterianas urinárias, das vias aéreas e de infecções oportunistas em portadores do vírus da imunodeficiência humana causadas por Pneumocystis jiroveci. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e validar uma metodologia analítica para a avaliação da associação de SMX e TMP em comprimidos por eletroforese capilar de zona (CZE). Desenvolveu-se e validou-se o método utilizando capilar de sílica de 56 cm de comprimento efetivo e diâmetro de 75 µm, mantido à temperatura de 25 ºC com detecção por arranjo de diodos no comprimento de onda de 221 nm. Utilizou-se como eletrólito de corrida uma solução contendo tampão fosfato 15 mM, pH 6,2 e a diferença de potencial aplicada foi de 25 kV. O tempo de introdução da amostra foi de 15 segundos utilizando-se pressão de 45 mbar. O tempo de corrida foi de 10 minutos, com tempo de migração de aproximadamente 4 minutos para a TMP e 8 minutos para o SMX. A metodologia foi validada avaliando-se os parâmetros de linearidade, seletividade (efeito matriz e degradação acelerada), precisão, exatidão (procedimento de recuperação) e robustez. A faixa linear estabelecida na alíquota de análise para a TMP foi de 17 – 47 µg/mL e para o SMX foi de 100 – 220 µg/mL. O estudo do efeito matriz demonstrou que, para comprimidos de SMX e TMP, o método não apresenta efeito matriz. A precisão foi estudada pela repetitividade, precisão intermediária e reprodutibilidade. Os resultados da repetitividade apresentaram um valor HorRat de 0,510 para o SMX e 0,572 para a TMP, sendo o critério de aceitabilidade ≤ 2,0. A precisão intermediária foi avaliada com base no coeficiente de variação em % (CV%), apresentando resultados de 4,95 % para o SMX e 5,03% para a TMP, sendo esses valores considerados satisfatórios, com base nos critérios de aceitação (inferiores a 8%). A reprodutibilidade apresentou valor de HorRat de 1,25 para a TMP sendo esse valor considerado satisfatório com base nos limites de aceitação (inferiores a 2). Para o SMX o valor de HorRat para reprodutibilidade foi de 0,52, inferior ao limite de aceitação que é de 2,0. O método mostrou-se exato com valores de taxa de recuperação entre 96,7% e 97,6% para o SMX e entre 96,5% e 102,4 % para a TMP. A robustez foi avaliada através de pequenas e deliberadas modificações nos parâmetros do método, observando-se pequenas alterações nos tempos de migração. Assim sendo, o método proposto pode ser aplicado para a análise quantitativa de SMX e TMP em comprimidos podendo contribuir para aprimorar o controle de qualidade dos produtos farmacêuticos, reduzindo a utilização de solventes orgânicos e a geração de resíduos químicos e garantindo a segurança e eficácia terapêutica das formulações. |