Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Ana Carolina Silva |
Orientador(a): |
Paula, Vanessa Salete de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49263
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Resumo: |
Os vírus têm sido considerados como importantes patógenos no desenvolvimento de neoplasias em glândulas salivares, dentre estes, destacam-se os Betaherpesvirus humano como o Citomegalovirus humano (HCMV), Herpesvirus humano 6 (HHV-6) e Herpesvirus humano 7 (HHV-7). Os betaherpesvírus são característicos por apresentarem alta prevalência na população mundial, sem apresentar sazonalidade, capazes de causar infecção latente e reativação viral em seus hospedeiros. Devido a detecção destes vírus em amostras de saliva, tem sido proposto em alguns estudos a ação de betaherpesvírus em algumas patogenias de glândulas salivares, como a formação de patogenias nestes órgãos. Neoplasias em glândulas salivares representam cerca de 3-6% de todas as neoplasias de cabeça e pescoço, com incidência mundial anual de aproximadamente 0,4-13,5% por 100.000 indivíduos. Apesar de haver dados de detecção de betaherpesvírus em neoplasias salivares e em amostras de saliva, ainda existem estudos insuficientes que explorem o papel destes vírus nestas patogenias salivares. O objetivo deste estudo foi investigar a presença dos Betaherpesvirus humano (HCMV, HHV-6 e HHV-7) em neoplasias de glândula salivar parafinadas. Um ensaio de qPCR foi realizado para amplificação das regiões U54, U56 e U37 do HCMV, HHV-6 e HHV-7, respectivamente para quantificar a carga viral em 68 amostras parafinadas de lesões salivares. Dentre as 68 amostras processadas, 51,4% eram de mucocele (35/68), 39,7% de adenoma pleomórfico (27/68) e 8,8% de carcinoma mucoepidermoóide (6/68). A detecção de betaherpesvírus nestas lesões foi alta, apresentando maior detecção para HCMV com 52,9%, 47,05% para HHV-6 e 39,7% para HHV-7, possuindo predominância de detecção de betaherpesvírus na lesão do tipo adenoma pleomórfico. Foi observado que 50,0% das amostras apresentaram tripla-infecção por HCMV/HHV-6/HHV-7, sendo detectado 20,0% de coinfecções por HCMV/HHV-6, 20,0% de HCMV/HHV-7 e 10,0% de HHV-6/HHV-7, com coinfecções ocorrendo na lesão do tipo adenoma pleomórfico em maior taxa. A alta detecção de HCMV, HHV-6 e HHV-7 em glândulas salivares, indica que este órgão pode ser possível de sítio de replicação destes vírus. |