Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Villela, Letícia Duarte |
Orientador(a): |
Moreira, Maria Elisabeth Lopes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26365
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Resumo: |
Introdução: a restrição do crescimento intrauterino e extrauterino contribui para o déficit de massa magra, que é o principal componente responsável pelo baixo peso. Este é considerado um fator de risco para o desencadeamento de doenças cardiovasculares e metabólicas tanto por ser um indicador de massa muscular baixa como por se associar à recuperação do crescimento à custa de um aumento rápido da gordura corporal. Objetivo: analisar, longitudinalmente, o crescimento e a composição corporal dos recém-nascidos com menos de 32 semanas ou 1.500g, do nascimento até 5 meses de idade corrigida. O objetivo específico do estudo foi avaliar a relação da restrição do crescimento intrauterino ou extrauterino com a massa livre de gordura, a massa de gordura, o percentual de gordura corporal e o percentual de água corporal nas idades corrigidas: termo, 1, 3 e 5 meses.Metodologia: estudo de coorte com recém-nascidos com menos de 32 semanas ou 1.500g, admitidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Instituto Nacional em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) entre 2012 e 2016. Esses recém-nascidos foram incluídos na idade corrigida de termo (40 semanas). A curva de Fenton foi utilizada na classificação dos grupos no momento do nascimento e do termo. Os recém-nascidos foram classificados ao nascer como pequenos para a idade gestacional (PIG) se o peso de nascimento fosse menor que o percentil 10 e como adequados para a idade gestacional (AIG) se fosse maior ou igual ao percentil 10. Os recém-nascidos foram classificados ao nascer como pequenos para a idade gestacional (PIG) se o peso de nascimento fosse menor que o percentil 10 e como adequados para a idade gestacional (AIG) se fosse maior ou igual ao percentil 10. Os recém-nascidos AIG foram reclassificados na idade corrigida do termo quanto à restrição do crescimento extrauterino: com restrição se o escore Z do peso para a idade fosse \F03C a - 2 DP e sem restrição se fosse \F0B3 a - 2 DP (grupo não exposto). Foram realizadas antropometria, bioimpedância elétrica e pletismografia com deslocamento de ar nas idades corrigidas: termo e 1, 3 e 5 meses. Resultados: os recém-nascidos com restrição do crescimento extrauterino apresentaram o crescimento e a composição corporal semelhantes aos dos recém-nascidos PIG. Foi observada maior frequência de hipertensão arterial materna e de alteração no Doppler fetal nos recém-nascidos restritos (PIG e AIG restrito) que nos AIG sem restrição do crescimento extrauterino. Os recém-nascidos PIG e AIG restritos apresentaram menores escores Z do peso, comprimento e perímetro cefálico, massa livre de gordura, massa de gordura e percentual de gordura corporal na idade corrigida de termo em comparação com os AIG sem restrição. Entretanto, já no primeiro mês de idade corrigida, houve maior velocidade de ganho de percentual de gordura corporal nos grupos PIG e AIG restritos em comparação com o grupo não exposto. Conclusões: os recém-nascidos restritos acumularam mais gordura corporal que os sem restrição no primeiro mês de idade corrigida. Essa precocidade das modificações corporais em recém-nascidos que provavelmente apresentaram restrição do crescimento fetal pode contribuir com o de risco de doenças cardiovasculares e síndrome metabólica. Possivelmente as medidas de composição corporal inseridas na prática clínica das unidades de terapia intensiva neonatais contribuirão com o tratamento nutricional. |