O animal darwiniano: o status das emoções na teoria da mente em Charles darwin

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Carvalho, André Luis de Lima
Orientador(a): Waizbort, Ricardo Francisco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3994
Resumo: O presente trabalho analisa o status das emoções animais na edificação de uma teoria da mente em Charles Darwin, tendo como principais fontes primárias as obras The Descent of Man and Selection in Relation to Sex (DARWIN, 1998a [1871]) e The Expression of the Emotions in Man and Animals (DARWIN, 1998b [1872]). Defendo que as emoções são um atributo de importância crucial no estabelecimento de uma teoria darwiniana da mente. Dentre os vários componentes da teoria da evolução de Charles Darwin, destaco a noção de “origem comum” (common descent) como a mais diretamente ligada à questão das emoções animais, pois esse conceito fundamenta a tese de uma continuidade mental entre animais e humanos. Chamo atenção para o fato de que há uma tendência na literatura de confundir emoções com expressões emocionais, o que tem reforçado certos equívocos quanto ao papel das emoções na teoria darwiniana. Um desses equívocos diz respeito às próprias fontes, e contrariando a literatura especializada defendo que na verdade as emoções enquanto estados mentais são analisadas por Darwin principalmente em dois capítulos do Descent, e não no Expression, Como unidade de análise para um estudo de caso adotei o que chamo de cão de Darwin. Com essa denominação refiro-me ao cão conforme descrito na obra e pelo olhar de Charles Darwin. Ao fim dessa análise de caso e dessa dissertação espero que o cão de Darwin tenha me auxliado a apresentar ao leitor o animal darwiniano como um animal dotado não apenas de instintos e racionalidade, mas também de uma rica vida interior, na qual as emoções desempenham um papel fundamental.