Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Luz, Tatiana Chama Borges |
Orientador(a): |
Guilam, Maria Cristina Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2602
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Resumo: |
Os medicamentos são um instrumento terapêutico importante no cuidado à saúde do idoso. No entanto, devido a motivos financeiros, estima-se que um quarto dos indivíduos deste grupo populacional subutiliza os tratamentos prescritos. A subutilização é uma forma de não adesão, que ocorre quando o indivíduo não faz uso dos medicamentos prescritos ou reduz as doses ou a freqüência de uso, comportamento que pode levar a hospitalizações, incapacidades e morte. Os objetivos deste trabalho foram estimar a prevalência e identificar a influência de fatores sócio-demográficos, econômicos, relativos à saúde, à percepção de capital social e ao sistema de saúde na subutilização por motivos financeiros entre idosos residentes em duas comunidades localizadas no Estado de Minas Gerais, Brasil (Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH e Bambuí). A prevalência da subutilização para indivíduos acima de 60 anos, residentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi de 12,9%, estando independentemente associada à filiação a plano privado de saúde, à freqüência com que o profissional de saúde esclareceu sobre a saúde/tratamento, à auto-avaliação de saúde, ao número de condições crônicas, à percepção de coesão ao bairro de moradia e ao número de contatos sociais. Já para o subgrupo de mulheres acima de 70 anos, a prevalência da subutilização foi de 11,4% para aquelas que residem na RMBH e de 5,4% para as residentes da cidade de Bambuí. Os fatores independentemente associados à subutilização na RMBH foram a autoavaliação de saúde, a capacidade funcional e a percepção de ajuda. Em Bambuí, os fatores independentemente associados à subutilização foram a percepção de coesão ao bairro de moradia e a percepção do ambiente físico. Os resultados evidenciam uma situação de risco para indivíduos em piores condições de saúde e confirmam a importância dos aspectos sócio-econômicos para a subutilização por motivos financeiros. Além disso, indicam também que a determinação dessa subutilização está ligada à qualidade da comunicação médico-paciente e ao contexto social no qual o indivíduo está inserido, sendo este último aspecto especialmente relevante para as mulheres idosas. |