Juventude e adoecimento crônico: os significados de ser jovem com doença renal crônica no contexto das trocas de bens de cuidado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Mello, Daniele Borges de
Orientador(a): Moreira, Martha Cristina Nunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Fernandes Figueira
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8009
Resumo: A presente pesquisa discute o adoecimento cronico na juventude no contexto das trocas sociais baseadas na teoria da dádiva. O objetivo é analisar os significados de ser jovem com doença renal crônica no universo das trocas sociais de bens de cuidado. De natureza qualitativa a pesquisa foi realizada em um serviço de saúde especializado no atendimento a jovens com doença renal crônica na cidade do Rio de Janeiro. Participaram do esudo, 11 usuários com idade entre 12 e 20 anos, e 4 profissionais de saúde envolvidos no cuidado a esse grupo. O trabalho de campo, que durou quatro meses, incluiu a observação participante e as entrevistas com os participantes do estudo. Como referencial teórico-metodológico nos guiamos pela Sociologia Compreensiva que permite explorar as relações sociais a partir da experiência do sujeito.. Os resultados apontam para a importância da troca simbólica entre o jovem e o serviço na constituição e vivência plena da juventude e a relevância da perspectiva do jovem na construção do cuidado e da prática profissional dos cuidadores. A partir desse estudo, ficou evidente a importância de refletirmos sobre a ampliação do protagonismo juvenil realizado por esses jovens e estimulado pelo serviço de saúde na tentativa de reconhecermos, potencialmente, esse grupo como agente de sua própria saúde, bem como de outros sujeitos que compartilham o universo da doença crônica. A voz do jovem com doença renal crônica deve ser escutada e valorizada, no que concerne à criação de ações e estratégias de cuidado, principalmente, na construção de políticas públicas voltadas a esse segmento.