Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Bomfim, Wanderson Costa |
Orientador(a): |
Mambrini, Juliana Vaz de Melo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53637
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Resumo: |
O objetivo do presente estudo foi analisar a contribuição dos fatores socioeconômicos para o diferencial de incapacidade funcional, avaliada pelas atividades básicas de vida diária (ABVD), atividades instrumentais de vida diária (AIVD) e mobilidade, entre mulheres e homens idosos, para o Brasil. Trata-se de estudo transversal, baseado nos dados da linha de base do ELSI-Brasil, realizado em 2015-16. A variável dependente do estudo é a incapacidade funcional, avaliada por meio de três domínios, sendo eles: ABVD, AIVD e mobilidade. Como variáveis de exposição, mais diretamente relacionadas aos determinantes sociais foram considerados os seguintes indicadores de posição socioeconômica: escolaridade, raça/cor, índice de riqueza e renda mensal domiciliar per capita. A análise da contribuição dos fatores socioeconômicos para os diferenciais de incapacidade funcional entre mulheres e homens foi feita com base no método de decomposição não-linear de Powers, Yoshioka e Yun (2011). Os resultados da decomposição evidenciaram que a escolaridade foi a única variável que apresentou contribuição estatisticamente significativa para todos os constructos de incapacidade funcional utilizados. Para a incapacidade funcional em ABVD, se as mulheres tivessem a mesma composição educacional que os homens, a diferença de incapacidade funcional entre mulheres e homens reduziria em 5,72%, mesmo após o ajuste pelas variáveis de confusão. Para as AIVD e mobilidade a contribuição da escolaridade, no modelo completo, foi de 4,67% e 2,84%, respectivamente. A renda domiciliar per capita teve um pequeno efeito significativo em relação à mobilidade. Ao observar os resultados do modelo completo para essa dimensão da incapacidade funcional, haveria redução de 1,57% do diferencial entre mulheres e homens. Já o índice de riqueza teve contribuição significativa e positiva, apesar de pequena, para a mobilidade. Os resultados apontaram que se as mulheres tivessem a mesma composição em termos de riqueza que os homens, haveria redução de 1% do diferencial de incapacidade funcional mensurada pela mobilidade. Ressalta-se que parte dos resultados pode ser fruto de uma maior sobrevida feminina em decorrência de alguns fatores como, por exemplo, o de utilização de serviços de saúde. A redução das desigualdades socioeconômicas nas condições de saúde passa, portanto, pela atuação nos determinantes sociais, para que as piores condições de saúde observadas entre as mulheres possam ser minimizadas ou eliminadas. A saúde como uma condição social, pode ser melhorada por meio de políticas públicas e ações inter e multsetoriais, que atuam nas condições socioeconômicas. |