Validade dimensional da escala de apoio social do Medical Outcomes Study adaptada para o português no estudo pró-saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Mattos, Athamis de
Orientador(a): Chor, Dora
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2457
Resumo: Estudos sobre a importância de rede e apoio social nos desfechos em saúde têm sido desenvolvidos nos últimos 30 anos. Rede social é definida como o grupo de pessoas com as quais o indivíduo mantém contato ou alguma forma de vínculo social. Apoio social refere-se à funcionalidade da rede social (apoio emocional, apoio material entre outros). O presente estudo dá continuidade à avaliação das propriedades psicométricas da escala de apoio social utilizada em um estudo de coorte de trabalhadores de uma universidade pública no Rio de Janeiro - Estudo Pró-Saúde – por meio da avaliação de sua validade de constructo através da análise fatorial confirmatória. Essa investigação baseia-se nos dados de 4030 participantes obtidos na primeira fase desse estudo (1999), onde um questionário multidimensional foi utilizado. Nesse foi incluída a escala de apoio social elaborada para o Medical Outcomes Study (MOS), que foi adaptada para o português, no âmbito do estudo. Foi realizada a análise fatorial confirmatória com o intuito de avaliar os modelos com três, quatro e cinco fatores quanto ao ajuste, validade convergente e validade discriminante. O método de estimação utilizado foi o WLSMV (mínimos quadrados ponderados robusto), recomendado para modelos com indicadores categóricos que não apresentam distribuição normal multivariada como é o caso dos indicadores da escala de apoio social do MOS. As medidas de ajuste utilizadas foram o CFI (índice de ajuste comparativo), o TLI (índice de Tucker Lewis), o RMSEA (raiz do erro médio quadrático de aproximação), a estatística χ², e o WRMR (weighted root mean square residual). O pacote estatístico utilizado foi o Mplus. Dos modelos testados, aquele que se comportou melhor foi o de quatro fatores, com valores do CFI de 0,897 e do TLI de 0,987 indicando ajuste adequado. No entanto, os resíduos apresentaram-se altos (RMSEA=0,131; WRMR=3,727), indicando não adequação desse modelo. A validade convergente foi considerada satisfatória, apresentando valores acima de 0,50 para a variância extraída e acima de 0,70 para a confiabilidade composta em todas as dimensões. Quanto à validade discriminante, somente a dimensão material destacou-se das demais. Concluiu-se que embora o modelo de quatro fatores tenha apresentado algumas vantagens em relação aos outros modelos estudados, ainda há necessidade de implementar mudanças, visando a melhoria do ajuste. Essas mudanças se dariam no sentido da exclusão de itens, e não apenas da adição de dimensões, o que é sugerido também pelos resultados insuficientes da validade discriminante daquele modelo - elevada correlação entre as dimensões “informação” e “emocional” . Uma escala com menor número de itens pode aperfeiçoar a mensuração do apoio social e trazer novas conclusões às investigações de sua importância entre os determinantes de saúde e bem estar.