Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Póvoa, Eduardo Conte |
Orientador(a): |
Castiel, Luis David |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4813
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Resumo: |
A racionalidade médica ocidental contemporânea ou mais especificamente da Biomedicina, traz como características já apontadas por vários autores, o objetivismo, o mecanicismo e o cientificismo. Este modelo recebe influência histórica imerso num contexto político, cultural e econômico favoráveis. A Biomedicina vem reduzindo seu objeto de estudo à doença/patologia (sob uma visão ontológica). Apesar dos esforços de algumas disciplinas, tais como a Psicologia Médica, Filosofia da Saúde, Antropologia Médica e segmentos da Saúde Coletiva, parece ficar em segundo plano valores éticos e subjetivos da relação médico-paciente, assim como uma visão positiva do binômio saúde/doença. Constatamos a permanência deste mesmo paradigma em algumas práticas contemporâneas. Neste trabalho, utilizamos como exemplo de iniciativa o surgimento da chamada "Medicina Baseada em Evidências"(MBE), buscando enfatizar os possíveis efeitos (positivos e negativos) dos critérios assistenciais utilizados por esta prática, sob o ponto de vista ético e de integralidade na relação médico-paciente. Em que pese seus benefícios e avanços à área da Saúde, parece que muitos defensores desta prática ratificam o mesmo paradigma (no sentido Kuhniano) na Biomedicina, enfatizando o modelo cientificista, imersos no contexto da globalização. Será feita uma reflexão crítica dos aspectos apontados, mas também buscaremos apontar princípios, ações, estratégias possíveis para avançarmos em direção a valores das dimensões éticas e intersubjetivas como critérios a serem contemplados na prática médica, pondo inclusive os avanços científicos a serviço do cuidado e da atenção. Para tal, nosso estudo se baseia em pesquisa bibliográfica (livros, revistas, banco de dados da internet, artigos em geral). A estratégia metodológica principal foi a análise do discurso dos autores defensores da MBE como principal critério decisório em práticas assistenciais, sob o ponto de vista de autores da Filosofia Médica, Psicologia Médica e Saúde Coletiva/Epidemiologia. |