Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Figueira, Taís Rocha |
Orientador(a): |
Modena, Celina Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20734
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Resumo: |
A atenção odontológica ao binômio mãe-filho durante o pré-natal é ent endida como fundamental, pelo momento de motivação em que a gestante se encontra , o que propicia a aquisição de novos conhecimentos e práticas; como prioritária, p ela importância que a futura mamãe tem na multiplicação de hábitos saudáveis no núcleo famil iar; e como imprescindível, pela oportunidade de promover saúde consigo mesma, com o bebê que esper a e com toda a família. Assim, no intuito de estimular a educação em saúde buc al no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), procuramos investigar as percepções e repr esentações de saúde e saúde bucal entre gestantes para construção de um material edu cativo. Para cumprir esses objetivos, buscou-se diferentes referenciais teórico-metodológicos: pesquisa qualitativa, modelo de crenças em saúde e representação social. Os dados fora m coletados através de entrevista semi-estruturada, cujo roteiro englobou questões refere ntes ao processo saúde- doença-cuidado. O número de entrevistas foi definido a partir do cr itério de saturação, totalizando 20 informantes. As entrevistas foram gravadas, tr anscritas e tiveram duração média de 45 minutos. Para a análise dos dados, foi utilizada a téc nica de Análise de Conteúdo. Observou-se que houve a incorporação do conceito positivo de saúde pela popula ção estudada e que tanto a saúde geral, quanto a bucal, são representadas como be m-estar e como o ato de cuidar. As práticas de prevenção e promoção de saúde apareceram orientadas pelo conceito positivo de saúde, prazer, interferências no cotidiano, força de vontade e valor conferido à vida. Quando a investigação focalizou o período gravídico, verifica mos que a conduta das gestantes passa a ser influenciada principalmente pelo discurso biomédico centrado na criança e caracterizado pela responsabilização única da gestante pelo êxito do processo reprodutivo. Essas concepções favorecem o desenvolvimento de sentimentos de cul pa e angústia e a adesão às prescrições médicas, mas não às odontológicas, devido à crença de que o tratamento odontológico prejudica o bebê. Contribui ainda para a dificuldade de adesão aos cuidados odontológicos uma série de fatores cognitivos e estruturais como a falta de percepção de suscetibilidade às doenças bucais, dos benefícios das medidas preventivas, de recursos financeiros, medo, falta de confiança no serviço público, dificul dade em conseguir atendimento no serviço público, a sobrecarga proveniente da nece ssidade de cumprir os vários papéis sociais que lhes são exigidos. Diante dos resultados encontrados , verificamos a necessidade de reformulação das estratégias educativas e a ssistenciais empregadas, desenvolvendo-se abordagens mais abrangentes, no qual a mulher seja percebida em toda sua integralidade e como um ser que também precisa de cuidados e a poio, propiciando um acolhimento às suas ansiedades, queixas e temores, minimiz ando os sentimentos de culpa socialmente construídos. No caso específico da saúde bucal, as práti cas educativas deveriam considerar a necessidade de promover a resignificação de alg umas crenças, de ampliar o conhecimento sobre saúde bucal e, principalmente, de estimular o debate sobre formas de transpor as barreiras que dificultam ou impedem a ação. Ao fina l da análise dos dados coletados, elaboramos um protótipo de material educativo que aborda as principais questões identificadas na etapa de diagnóstico. |