A bidocência no ensino de Ciências nos anos iniciais do ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Talina, Marília Duarte Lopes
Orientador(a): Fontoura, Helena Amaral da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/47390
Resumo: Este estudo tem como foco de investigação a prática da bidocência como estratégia metodológica para o ensino de Ciências nos anos iniciais do ensino fundamental, bem como seus efeitos nas relações pedagógicas e na qualidade do ensino. O termo bidocência refere-se à atuação de dois professores que compartilham a docência numa mesma sala de aula, trabalhando juntos de forma colaborativa. Após definir o conceito e a origem do termo, a pesquisa descritiva de cunho qualitativo investigou a construção da bidocência no ensino de Ciências no Colégio Pedro II (CPII), apresentando questões pertinentes ao processo de trabalho docente, às relações interpessoais, à formação docente e práticas pedagógicas colaborativas. A coleta de dados deu-se por meio de entrevistas semiestruturadas com docentes do CPII. Os dados foram analisados através da metodologia da tematização (Fontoura, 2011) e interpretados à luz de referenciais teóricos como Beyer (2005, 2013), Tardif (2004, 2008) e Nóvoa (1992, 1995, 2001, 2016). Os resultados demonstraram que uma bidocência efetiva é aquela que acontece antes, durante, dentro e fora da sala de aula. Implica nos docentes planejarem e atuarem juntos, trabalhando em parceria, de forma colaborativa. Para isto, a bidocência deve ser uma escolha dos docentes e não imposta pela estrutura escolar. Embora a prática da bidocência apresente entraves, tensões e dificuldades, necessitando de discussões e ajustes quanto à sua execução, pode trazer contribuições significativas, enriquecendo as relações pedagógicas e contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino de Ciências à medida que proporciona troca de saberes docentes, formação permanente no exercício da profissão e favorece um ensino de Ciências mais prático, dinâmico e colaborativo.