Avaliação dos monócitos entre as formas clínicas crônicas da doença de Chagas antes e após estímulo in vitro com os antígenos recombinantes CRA e FRA de Trypanosoma cruzi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Soares, Ana Karine de Araújo
Orientador(a): Gomes, Yara de Miranda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60872
Resumo: As interações moleculares entre os monócitos e os linfócitos são de extrema importância para a produção de uma resposta imune eficiente. Nesse contexto nos propomos avaliar a expressão da molécula de superfície HLA-DR+ em monócitos CD14+, e das moléculas co-estimulatórias CD80+ e CD86+ e a produção das citocinas IL-10, IFN-γ, TNF-α e IL-12 por monócitos CD14+ HLA-DR+ de portadores de formas clínicas crônicas da doença de Chagas. O grupo de indivíduos acometidos cronicamente pela infecção chagásica foi composto por 10 portadores da forma cardíaca (FC) sem dilatação cardíaca (FC1), 14 portadores da forma cardíaca com dilatação cardíaca (FC2) e 7 portadores da forma indeterminada (FI). O sangue total destes indivíduos foi submetido à cultura na presença dos antígenos CRA ou FRA, específicos ao Trypanosoma cruzi. Observamos que o aumento na expressão da molécula co-estimulatória CD80+ associado à diminuição da expressão de CD86+ no grupo de indivíduos FC, quando comparamos os contextos ex vivo e após estímulo com CRA ou FRA, aponta um possível envolvimento desses antígenos nos mecanismos de fuga do sistema imune do hospedeiro pelo T. cruzi. Correlações positivas entre citocinas inflamatórias e anti-inflamatórias foram observadas entre os portadores da FI e FC1, indicando um controle do parasitismo, concomitantemente a uma modulação da resposta inflamatória. No grupo de pacientes FC2 observamos uma predominância de uma correlação positiva entre as citocinas inflamatórias, bem como de correlação positiva entre citocinas Th1 e Th2, indicando que há predomínio de um perfil do tipo Th1, mas com indícios de mecanismo de regulação da resposta inflamatória exacerbada. Nossos resultados sugerem que os antígenos CRA e FRA, por estarem presentes no parasito, poderiam atuar no processo de apresentação e ativação celular durante a cronicidade da doença, sobretudo nos indivíduos portadores da FC.