Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Inácio, Alan Ferreira |
Orientador(a): |
Arias, Ana Rosa Linde |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5480
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Resumo: |
Metalotioneínas (MTs) são proteínas citosólicas cuja função biológica está relacionada à regulação de metais essenciais e a detoxificação de metais tóxicos. O conhecimento da compartimentalização intracelular de metais, da função fisiológica das MTs e dos fatores que controlam seus níveis em diferentes espécies de peixes é essencial para compreensão dos efeitos tóxicos induzidos por metais. Geophagus brasiliensis (acará) é uma espécie nativa do Brasil, com ampla distribuição e aspectos ecológicos que favorecem sua utilização como espécie bioindicadora dos efeitos da poluição ambiental por metais. Este trabalho teve por objetivo estudar MT e metais em acarás, analisando a influência dos parâmetros biológicos do animal, além das alterações produzidas pela exposição a um metal tóxico como cádmio (Cd). Acarás coletados no rio Guandu foram divididos em dois grupos. O primeiro considerado como não exposto e um segundo que foi exposto a Cd por injeção intraperitoneal. MTs foram quantificadas por polarografia de pulso diferencial enquanto zinco (Zn), cobre (Cu) e Cd em três frações hepáticas foram quantificados por ICP OES. Os níveis de MT hepática e renal foram maiores em acarás fêmeas e somente a MT branquial mostrou correlação positiva com peso e tamanho corporal. O sexo não influenciou na concentração hepática de Zn e Cu, entretanto os níveis de Zn estiveram positivamente relacionados ao peso e tamanho corporal. O Cu não mostrou qualquer relação com estes parâmetros biométricos. Os níveis de MT hepáticos estiveram relacionados com o conteúdo de Zn e Cu neste órgão. Ambos os metais mostraram-se predominantemente citosólicos, sendo que o Cu foi encontrado quase totalmente na fração que contém a MT. Após exposição ao Cd, a MT renal e branquial apresentaram níveis significativamente maiores, assim como se encontrou uma redução significativa nos níveis de Zn e Cu hepático. A exposição ao Cd também promoveu uma alteração na distribuição intracelular do Zn e do Cu onde um menor percentual desses metais foi verificado na fração citosólica que contém a MT. Neste estudo foi verificado que MT e metais em acarás são influenciados por alguns parâmetros biológicos. A exposição ao Cd também promove uma alteração nos níveis de MT e de metais bem como na distribuição intracelular. Estes fatores estão relacionados com à toxicidade e a tolerância à exposição a metais e devem ser considerados para que esta espécie possa ser utilizada como bioindicadora da exposição ambiental a metais. |