Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Mariana Tavares |
Orientador(a): |
Meis, Juliana de,
Carvalho, Vinícius de Frias |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23794
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Resumo: |
A doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e estima-se que a doença afete cerca de 6 a 7 milhões de pessoas ao redor do mundo, sendo os países de maior incidência da doença os da América Latina. Atualmente a forma de transmissão mais frequente no Brasil é a transmissão por via oral, causada pelo consumo de comida ou bebida contaminada pelo T. cruzi ou extrato do triatomíneo infectado. A fase aguda da infecção por via oral é associada à um maior índice de mortalidade e a uma sintomatologia mais grave quando comparada com a forma vetorial clássica da infecção (contato com fezes/urina de triatomíneo infectado durante o seu repasto sanguíneo). A infecção aguda pelo T. cruzi estimula uma intensa resposta imunológica do hospedeiro, com a produção de altos níveis de citocinas pró-inflamatórias, algumas das quais são capazes de ativar o eixo Hipotálamo-Hipófise- Adrenal (HPA), o que resulta em um aumento dos níveis circulantes de glicocorticoides, que atuam no controle da resposta imunológica do hospedeiro. Neste trabalho, nós estudamos a produção de citocinas e a atividade do eixo HPA durante a fase aguda em camundongos infectados pelo Trypanosoma cruzi por via oral. Para tal, camundongos BALB/c machos com idade de 6 a 8 semanas foram infectados com 5x104 formas tripomastigotas da cepa Tulahuén. A parasitemia dos animais infectados tratados e não tratados foi avaliada utilizando-se o método Pizzi-Brener, a presença de parasitas no tecido por histologia e do DNA do parasito por qPCR. A hipertrofia das células fasciculares por histologia e a expressão dos moduladores moleculares por RTqPCR Os níveis das citocinas IL-6, TNF-\03B1 e INF-\03D2 foram analisados por citometria de fluxo com o kit CBA (BD) e os níveis de corticosterona por RIA. Nossos resultados confirmaram que a fase aguda da infecção pelo T. cruzi promove um aumento na produção de citocinas pró-inflamatórias plasmáticas e de corticosterona, ambas atingindo o pico em 21dpi. Os altos níveis de citocinas e corticoides produzidos em 21 dpi correlacionam com o período de altos níveis de parasitemia e com a presença do DNA do parasita nas glândulas hipotálamo, hipófise e adrenal, além do aumento do peso das adrenais e hipertrofia da zona fasciculada da mesma. Também observamos um importante aumento da expressão gênica do receptor de TNF na hipófise e hipotálamo de camundongos infectados no mesmo ponto de infecção, além do aumento do receptor de ACTH nas adrenais. Porém, quando realizados bloqueios da citocina TNF e de glicocorticoides não foram observadas diferenças na parasitemia dos grupos tratado e não tratados. Esses resultados evidenciam que durante a infecção oral pelo Trypanosoma cruzi há um aumento da parasitemia, o aumento do peso e das células da zona fasciculada das glândulas adrenais, e um aumento nos níveis circulantes de citocinas inflamatórias, a presença do parasita nas glândulas que constituem o eixo HPA concomitantemente com o aumento nos níveis de corticosterona, o que pode sugerir que tanto as citocinas quanto o próprio T. cruzi podem estar ativando o eixo HPA |