Determinação dos níveis de estanho em fluidos biológicos de população exposta ambientalmente na Vila Massangana, RO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Azevedo, Sayonara Vieira de
Orientador(a): Moreira, Maria de Fátima Ramos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2426
Resumo: O estanho é um elemento natural na crosta terrestre, amplamente utilizado na indústria pelo baixo ponto de fusão, formação de ligas, resistência à corrosão e oxidação. A exposição ao metal e seus compostos pode produzir diversos efeitos nos sistemas neuro, hemato e imunológicos, além de danos ao fígado e rins, entre outros. O objetivo desse trabalho foi a avaliação da exposição ao estanho dos indivíduos residentes na Vila Massangana. Para tal, metodologias para determinação do estanho em sangue e urina foram desenvolvidas (ET AAS). A mesma temperatura ótima de pirólise (1300°C) foi alcançada com ambas as matrizes, enquanto que a de atomização ficou em 2100°C e 2200ºC para sangue e urina, respectivamente. A maior sensibilidade foi alcançada na diluição de 7X para sangue, bem como 5X na urina, ambos diluídos em Triton X-100 0,1% (v/v). A eficiência de três diferentes massas do modificador a base de Pd e Mg foi estudada e a melhor sensibilidade foi encontrada com 10!g Pd + 6!g Mg e 15!g Pd + 10!g Mg para ambas as matrizes. O estanho se mostrou linear até a faixa de 50 µg Sn L1 para curvas em sangue e urina, que mostraram a existência de efeito de matriz, 0,81 ± 0,06 e 1,32 ± 0,04, respectivamente. O limite de detecção (3") calculado para a urina foi 0,8 ± 0,1 µg L-1 e, para o sangue total, ficou em 2,7 ± 0,5 µg L-1, o que permite a determinação de estanho em sangue e urina de pessoas não expostas ambientalmente. A exatidão foi verificada pela análise de materiais de referência. Para a urina, foi utilizada a amostra Seronorm Urine (54,6 ± 2,7 µg L-1), tendo como resultado 54,3 ± 1,6, enquanto que o Contox I Serum (3,0 ± 2 µg L-1) foi utilizado para o sangue, cujo resultado foi 2,90 ± 1,2. Após a validação, a concentração de estanho foi determinada em amostras de sangue e urina de 22 indivíduos (sangue: 10,5 ± 1,7 µg L-1; urina; 3,2 ± 1,1 µg L-1) da população de Vila Massangana e 11 pessoas (sangue: 8,4 ± 1,2 µg L-1; urina; 1,0 ± 0,5 µg L-1) do grupo controle. Houve diferença estatisticamente significativa (p<0,05) entre esses dois grupos, mostrando a existência de exposição ambiental.