Histórias de vida de moradores de Residências Terapêuticas egressos de internamento de longa permanência em hospital psiquiátrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rabello, Rita de Cássia Ferreira
Orientador(a): Lyra, Tereza Maciel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13135
Resumo: A reforma psiquiátrica trouxe mudanças no tratamento do portador de transtorno: a desinstitucionalização dos usuários internados por longos anos nos manicômios, e retorno desses ao convívio com a sociedade. A presente pesquisa teve como objetivo conhecer como o usuário portador de transtorno compreende sua história de vida após anos de internamento dentro de um hospital psiquiátrico. A população de estudo foi formada por três usuários que permaneceram entre 20 e 40 anos internados no Hospital José Alberto Maia. Todos participaram do processo de desinstitucionalização e hoje são moradores de residências terapêuticas do município de Camaragibe, Pernambuco. Foi utilizada a abordagem qualitativa, através do método história de vida, que é uma entrevista aberta onde o pesquisador introduz a temática, e o sujeito tem a liberdade de falar. Esse método busca através do discurso do sujeito, coletar e analisar fatos relevantes de sua vida, do ponto de vista pessoal, familiar, social ou histórico. Visa aferir os significados que o sujeito atribui aos fatos de sua vida. O estudo só foi iniciado após liberação pelo Comitê de Ética. Diante do que foi observado, concluimos que apesar das várias formas de violência sofrida pelos três usuários antes e durante a internação hospitalar, com a desinstitucionalização, os princípios e diretrizes do projeto terapêutico singular das residências terapêuticas, com ênfase na construção da autonomia do usuário na vida cotidiana e ampliação da inserção social, foram seguidos e o objetivo da reabilitação psicossocial foi alcançado.