Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Sales, Caroline Brandi Schlaepfer |
Orientador(a): |
Rocha, Clarissa Araújo Gurgel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9849
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A Via Hedgehog (HH) está ativada em algumas neoplasias humanas, incluindo o Carcinoma Escamocelular de Boca (CEB), o qual corresponde a mais de 95% dos casos diagnosticados na cavidade bucal. Os glipicans (GPC) participam como reguladores desta cascata, atenuando (GPC1 e GPC3) ou regulando positivamente (GPC5) a via HH. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil de expressão dos genes GPC1, 3 e 5, associando-os com genes da via HH (SHH, PTCH1 e SMO) e VEGFA, bem como caracterizar a imunoexpressão das proteínas GPC, em CEB. MATERIAL E MÉTODOS: Trinta e um casos de CEB foram submetidas a reações de qPCR para os genes SHH, PTCH1, SMO, VEGFA, GPC1, 3 e 5. O RNA total foi extraído utilizando uma coluna composta por membrana de silica (Rneasy Mini Kit). O DNA complementar foi obtido com auxílio da enzima Superscript Vilo™. As reações de qPCR foram conduzidas no aparelho ViiA™ 7 Real-Time PCR System utilizando o sistema Taqman, sendo a quantificação relativa avaliada pelo método comparativo de Cq (ΔΔCQ). Vinte e seis CEBs, 9 casos de margens tumorais (MAT) e 4 casos de mucosa bucal não neoplásica (MNN) foram submetidos à reação imuno-histoquímica para as proteínas GPC1, GPC3, GPC5, CD105 e MCM3 utilizando o sistema polimérico AdvanceTM ou LSABTM. As análises das proteínas GPC1, 3 e 5 foram realizadas de acordo com os parâmetros semi-quantitativos descritos por Gurgel et al. (2008). O número de células MCM3 positivas e de vasos/mm² (microdensidade vascular- MDV) foram avaliados em 5 campos, sendo a mediana de e intervalo de confiança utilizados para agrupar os CEBs em alto e baixo perfil proliferativo (AP e BP) e alta e baixa MDV, respectivamente. A análise estatística foi realizada utilizando GraphPad Prism versão 6.03. RESULTADOS: Transcritos do gene GPC1 (26; 83,87%); GPC3 (n=22; 70,97%) e GPC5 (n=15; 48,38%) foram observados em CEBs. SHH RNAm foi detectado em 5 CEBs (16,13%). A maioria dos CEBS apresentou expressão gênica de PTCH1 (n=25; 80.6%), SMO (n=26; 83,87%) e VEGFA (n=28; 90,32%). Correlação positiva forte e estatisticamente significante foi demonstrada para GPC5 e PTCH1 (rs=0,60; p=0,02) e entre PTCH1 e VEGFA (rs=0,69; p=0,0003). Imunomarcação citoplasmática e membranar de GPC1 foi observada principalmente em epitélio de MNN (n=4;100%) e MAT (n=9; 100%), enquanto que uma perda de imunomarcação desta proteína foi detectada no parênquima do CEB. A imunoexpressão da proteína GPC3 estava ausente em MNN (n= 4; 100%) e MAT (n=9; 100%). O GPC3 ocorreu na membrana e citoplasma de células do parênquima, observadas principalmente na periferia das ilhas tumorais, predominando o escore 3+ (n=5; 19.23%) entre os CEBs positivos (n=23; 88,46%). Ausência de imunomarcação de GPC5 foi observada em MNN (n=4; 0%) e apenas 2 espécimes de MAT (n=2; 22,22%) apresentaram baixa imunoexpressão, escore 1+. GPC5 citoplasmático em células tumorais positivas predominou o escore 1+ (n=5; 38.46%). Ao mesmo tempo, GPC5 foi detectado em estroma de 13 (50%) CEBs, especialmente em células endoteliais e semelhantes a fibroblastos. A expressão dos genes avaliados foi similar em tumores com AP e BP, assim como foi independente da MDV. CONCLUSÕES: A correlação entre os transcritos GPC5 e PTCH1, bem como a superexpressão das proteínas GPC5 e GPC3 e perda de imunopositividade de GPC1 são consistentes com a participação destas proteoglicanas como reguladoras da via HH em CEB. O perfil de expressão do gene e proteína GPC1 sugere que este glipican pode participa da biologia tumoral como uma proteína supressora tumoral, enquanto GPC3 e GPC5 participariam oncoproteínas. A presença de GPC5 em estroma tumoral (células endoteliais e fibroblastos) pode estar associada a regulação da via HH neste compartimento do microambiente tumoral. |