Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Figueira, Taís Rocha |
Orientador(a): |
Modena, Celina Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12307
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Resumo: |
O consumo adequado de frutas e hortaliças (FH) tem sido apontado como um dos fatores de proteção de doenças crônicas não transmissíveis, como enfermidades cardiovasculares, diabetes e obesidade. Apesar das evidências e orientações para a ingestão deste grupo de alimentos, o seu consumo é ainda bastante limitado. Esta situação expõe a necessidade de investigar os determinantes do consumo de FH visando o melhor delineamento das práticas educativas e de promoção da saúde. Para cumprir este objetivo, realizou-se uma pesquisa qualitativa em seis polos do Programa Academia da Saúde em Belo Horizonte, Minas Gerais. Participaram da pesquisa 62 usuários maiores de 20 anos e responsáveis pela aquisição e/ou preparo dos gêneros alimentícios no domicílio. Os dados foram coletados por entrevista semiestruturada, incluindo questões relativas às práticas alimentares na família, consumo e aquisição de FH. As entrevistas foram gravadas, transcritas na íntegra e tiveram duração média de 30 minutos. A análise de conteúdo foi desenvolvida com auxílio do software NVivo10. O consumo de FH era estimulado principalmente pelo seu efeito benéfico sobre a saúde, capacidade em prevenir/controlar doenças e paladar. Já os facilitadores para o consumo de hortaliça relatados foram: ser considerada como parte da refeição, criação e origem familiar, melhoria da situação financeira, comércio próximo e desenvolvimento de estratégias de compra. Com relação aos fatores dificultadores do consumo, destacaram-se: comércio inadequado, baixo poder aquisitivo, preço, carência de iniciativas públicas, falta de tempo, preguiça, fruta ser considerada apenas como uma alternativa alimentar e não realizar o jantar. As FH eram adquiridas em comércios de bairros, havendo necessidade de melhoria desses estabelecimentos em relação à distribuição geográfica, qualidade dos produtos, preço e higiene. Verificou-se que, quando os aspectos nutricionais das FH eram valorizados pelos entrevistados, o conhecimento básico que possuíam sobre alimentação e saúde era considerado insuficiente, surgindo a demanda pelo aprofundamento dos saberes. A dificuldade em lidar com a multiplicidade de informações sobre o tema gerava sentimentos de desconfiança, incompetência para selecionar os alimentos e desejo por orientação especializada individual. Estes resultados apontam para a necessidade de estimular a construção de sentidos para o consumo de FH que não se restrinjam ao discurso saúde-doença; problematizar questões sobre o consumo de FH que geram inquietações, desconfianças e insegurança; estabelecer canais de comunicação confiáveis; ampliar habilidades culinárias para o preparo de receitas baratas, práticas e palatáveis; qualificar o comércio local; e ampliar o acesso às FH pelo desenvolvimento ou fortalecimento de políticas públicas e tecnologias que promovam conveniência. |