Perfil e Determinantes do Gasto Público em Antidepressivos, Ansiolíticos e Hipnóticos-Sedativos em Minas Gerais de 2010 a 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Lucas Barbi Costa e
Orientador(a): Luz, Tatiana Chama Borges
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48355
Resumo: Os medicamentos antidepressivos, ansiolíticos e hipnóticos-sedativos são utilizados mundialmente para o tratamento de transtornos depressivos, de ansiedade e outros transtornos afetivos. Dado o perfil de aumento na sua utilização pela população, torna-se relevante estudar a aquisição dessas classes pelo Sistema Único de Saúde, de modo a contribuir para o planejamento e a gestão da Assistência Farmacêutica. O objetivo do trabalho é descrever as tendências e os determinantes dos gastos com medicamentos dessas classes adquiridos pelo governo de Minas Gerais de 2010 a 2015. Trata-se de um Estudo de Utilização de Medicamentos (EUM) baseado em dados longitudinais de compras públicas registradas no Sistema Integrado de Administração de Materiais e Serviços (SIAD) de 2010 a 2015. Os gastos e volumes totais foram estimados. Os gastos foram corrigidos pela inflação no período e o volume foi padronizado em Doses Diárias Definidas (DDDs). Foram avaliados os gastos com medicamentos não constantes nas listas de medicamentos essenciais, Estadual e Nacional. As análises de “Top 10” e de “Drug Cost 90%” identificaram os medicamentos responsáveis pelo maior gasto. A análise de decomposição estabeleceu os determinantes da variação das despesas com medicamentos no período se preço, volume ou escolha terapêutica. Os gastos com os antidepressivos, ansiolíticos e antidepressivos no período totalizaram R$ 81 milhões e aumentaram de R$ 7,5 milhões a R$ 18,7 milhões (2,5 vezes) entre 2010 e 2015. Os antidepressivos representaram 88,7% dos gastos e 71,0% do volume adquirido. Os gastos com medicamentos não constantes na lista estadual representaram 6,9% do gasto total. Já os itens ausentes na lista nacional corresponderam a 10,6%. O preço foi o principal fator determinante do aumento dos gastos entre 2010 e 2015, especialmente na classe dos antidepressivos. Os resultados encontrados diferem das tendências descritas na literatura que apresentam uma redução nos gastos com antidepressivos. Os ansiolíticos e hipnóticossedativos por sua vez apresentam uma tendência semelhante a outros estudos apresentando uma redução no gasto médio por DDD ao longo do tempo. Os resultados, de modo geral, alertam para a necessidade de aprimoramento das compras públicas desses medicamentos.