Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Caroline Conceição |
Orientador(a): |
Diogo Rodrigo de Magalhães Moreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51232
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: A malária é uma doença complexa e infecciosa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente em países da África, Ásia, regiões mediterrâneas e América do Sul. O surgimento de cepas resistentes aos antimaláricos agravou o quadro, tornando urgente a busca e o desenvolvimento de novos candidatos a antimaláricos. Nosso grupo de pesquisa tem pesquisado a atividade antiparasitária de compostos metálicos complexados com moléculas naturais e antimaláricas nos últimos anos. OBJETIVO: Investigar atividade antiplasmodial de derivados rutênio-naftoquinona baseados na atovaquona e lapachol. MATERIAIS E MÉTODOS: Neste trabalho, quatro compostos de rutênio-naftoquinona foram estudados para avaliar atividade antiplasmodial in vitro e in vivo: Derivado 1, Derivado 2, conjugados de rutênio-atovaquona; Derivado 3 e derivado 4, conjugados de rutênio-lapachol. RESULTADOS: A atividade antiparasitária contra as cepas de P. falciparum (3d7, D10 e W2) demonstraram que os derivados 1 e 2 são mais potentes que os derivados 3 e 4, com valores de IC50 na faixa nanomolar e baixa toxicidade para culturas de células de mamíferos (J774 e HepG2). Os derivados 1 e 2 também foram testados com glutationa reduzida, e o Derivado 1 exibiu melhor desempenho, dando indícios de que tais complexos podem agir na via de GSH. Em um modelo antiparasitário in vivo, o Derivado 1 (15,6 μmol/Kg) suprimiu a parasitemia e exibiu um perfil semelhante ao do medicamento de referência (atovaquona 15,6 μmol/Kg). O Derivado 2, testado em duas doses diferentes (15,6 μmol/Kg e 46,7 μmol/Kg), reduziu a parasitemia apenas na dose mais alta. A supressão da parasitemia refletiu na taxa de sobrevivência dos animais tratados, que foi consideravelmente maior do que o grupo não-tratado. CONCLUSÃO: Nossos resultados demonstraram que os compostos de rutênio-naftoquinona são candidatos eficazes e promissores para a quimioterapia da malária, sendo o Derivado 1 (rutênio-atovaquona) o composto que exibiu melhor perfil antiparasitário. |