Reconhecimento nucléico por domínios peptídicos mínimos planejados a partir de receptores nucleares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Mulé, Guilherme dos Santos
Orientador(a): Rocha e Lima, Luís Maurício Trambaioli da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61013
Resumo: O reconhecimento molecular específico é um processo complexo que envolve a exata disposição espacial de funções químicas capazes de interagir com grupos complementares. Estas interações, que são caracterizadas por interações hidrofóbicas, interações eletrostáticas, ligações hidrogênio, ligações hidrogênio mediadas por moléculas de água, interações de Van der Waals e, por vezes, rearranjos conformacionais, estão dispostas em uma pequena região denominada sítioo de reconhecimento, mesmo em proteínas de grandes dimensões. Esta característica do reconhecimento específico, por exemplo, de um receptor nuclear com o DNA, ocorre através de uma pequena região, o que nos leva a uma condição de desenhar potenciais ligantes seletivos aos alvos em questão e, principalmente, ao DNA. Como esta característica já foi observada investigando-se mecanismos de reconhecimento nucléico pela proteína E2 de papilomavírus, torna-se bastante importante explorar outros sistemas. Para isso, usamos regiões mínimas, chamadas alfa-hélices de reconhecimento, de receptores nucleares do hormônio da tireóide e do ácido retinóico responsáveis pela interação com o DNA através de sequências de bases específicas para esses receptores (elementos responsivos). Essa interação foi avaliada através de peptídeos sintéticos correspondentes à alfa-hélice de reconhecimento nucléico responsáveis pelo contato específico com as bases do DNA e oligonucleotídeos sintéticos contendo sequências específicas (AGGTCA) e não específicas. A avaliação dessa possível interação foi monitorada, em diferentes concentrações de sal (NaCl), através de anisotropia de fluorescência. Os dados obtidos mostraram que a especificidade de reconhecimento não foi observada neste sistema, uma vez que as interações ocorreram tanto em moléculas de DNA específicas como em não específicas de maneira muito semelhante. No entanto, os dois peptídeos analisados apresentaram nítida diferença de reconhecimento de todas as moléculas de DNA.