Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Castelo, Raquel Bomfim |
Orientador(a): |
Barros, Lívia Moreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Fiocruz Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54688
|
Resumo: |
A comunicação interprofissional forma um veículo aberto e efetivo dialógico entre as equipes de saúde, facilita a prática colaborativa, propicia espaços para o compartilhamento de inquietações e conquistas geradas no dia-a-dia do trabalho e contribui para melhorias nos resultados e satisfação dos usuários. Quando não efetiva pode comprometer a qualidade do cuidado, ampliar o número de erros e gerar estresse ocupacional. Objetivou-se analisar a comunicação interprofissional na Estratégia Saúde da Família (ESF). Trata-se de estudo multimétodos dividido em duas fases. Na primeira, houve estudo com abordagem qualitativa com aplicação de grupo focal. Participaram do encontro nove profissionais representantes de seis equipes de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) com o intuito de compreender as percepções durante o processo de comunicação nas equipes. A amostra foi composta por nove participantes. Foi realizado encontro presencial e os dados foram processados pelo software IRAMUTEC®, analisados pela classificação hierárquica descendente e utilizados na construção da fase dois. Na segunda fase implementou-se uma intervenção educativa presencial, utilizando o Arco de Maguerez. O encontro ocorreu com 15 profissionais de saúde inseridos na UBS em questão e analisou a comunicação interprofissional no processo de trabalho na APS, por meio das discussões emergidas. Comparou-se o conhecimento e atitude dos participantes a respeito do tema, antes e após a intervenção educativa por meio de pré e pós-teste (imediato e tardio), caracterizando o estudo quase- experimental. Observou-se a mudança de desfecho relacionado à intervenção educativa. Para promover a análise das falas, na etapa qualitativa da fase dois, utilizou-se a análise de conteúdo. Para compor a amostra, os critérios de inclusão foram: profissionais atuantes nas equipes da ESF que tinham período de atuação superior a seis meses na UBS. Excluíram-se profissionais afastados de suas funções por problemas de saúde, licença maternidade ou férias. A UBS em questão situou-se município de Fortaleza-CE. Na operacionalização do Arco de Maguerez o problema central identificado foi a falta de comunicação efetiva, sistemática e periódica entre os profissionais, na observação da realidade. Elencaram-se os pontos-chave, estabeleceu-se a etapa da teorização seguida das hipóteses de solução e aplicação à realidade. Na comparação do pré e pós- teste houve mudança no conhecimento dos profissionais a respeito da temática. Por fim evidenciou-se a pertinência da comunicação interprofissional em saúde na prática e sua caraterística em percorrer toda a trajetória do cuidado. Compreendeu-se a percepção dos participantes sobre a comunicação interprofissional por meio da realização do grupo focal, os quais, de maneira geral, reconheceram a relevância da temática e apontaram suas potencialidades e barreiras. A implementação da intervenção educativa levantou os aspectos importantes e de interesse do grupo relacionados à vivência da equipe a respeito da temática. O arco de Maguerez exprimiu-se como efetiva ferramenta educacional, a qual possibilitou a valorização da prática cotidiana e aprimoramento no processo de construção de conhecimento. |