Cirrose hepática e sua regressão: enfoque na capilarização sinusoidal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Fonseca, Yannick de Oliveira
Orientador(a): Andrade, Zilton de Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: s.n
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4149
Resumo: Os achados morfológicos peculiares da cirrose hepática são representados por suas alterações vasculares, que ocorrem junto com a transformação nodular do parênquima do fígado. Essas alterações são fundamentais para explicar a fisiopatologia da cirrose. Como é sabido, o fígado é o órgão central do metabolismo intermediário; sua circulação interna permite o intercâmbio de macromoléculas que são transformadas e trocadas durante etapas bioquímicas fundamentais em todo o corpo; para tais funções, a existência de sinusóides hepáticos peculiarmente adaptados é crucial. As peculiares alterações vasculares vistas na cirrose hepática têm sido consideradas irreversíveis. O presente estudo se propôs a investigá-Ias em ratos induzidos à cirrose pelo tratamento com tetracloreto de carbono (CCI4) após intervalos de tempo seguintes à sua interrupção. As mudanças estruturais das alterações sinusoidais foram particularmente estudadas por meio de técnicas histológicas, de imunofluorescência para laminina e de microscopia eletrônica de transmissão, quatro a seis meses após a interrupção do CCI4. Durante esse tempo, os nódulos regenerativos tornaram-se progressivamente alargados, enquanto o septos relacionados a eles tornaram-se delicados e fragmentados, especialmente em amostras coletadas seis meses após a interrupção do tratamento. Nossos achados estão de acordo com a sugestão de que, após a interrupção do tratamento durante quatro a seis meses, as mudanças de capilarização sinusoidal vistas na cirrose do rato induzida pelo CCI4 tendem a reverter ao normal com o tempo, apesar da persistência da estrutura nodular do parênquima hepático, as quais estão de acordo com a sugestão de que a cirrose é funcionalmente, embora não morfologicamente, reversível.