Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Pimenta, Monique Amorim |
Orientador(a): |
Oliveira, Rosely Maria Zancope,
Galhardo, Maria Clara Gutierrez |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8159
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Resumo: |
A esporotricose é a micose subcutânea mais freqüente no Brasil. O diagnóstico definitivo dessa doença se dá com o isolamento em cultivo do fungo, o que em algumas vezes não é possível. Portanto, o desenvolvimento de métodos sorológicos que venham auxiliar no diagnóstico da esporotricose e na avaliação terapêutica dos pacientes é de grande interesse. No presente estudo foi empregada uma técnica imunológica aplicada à detecção de anticorpos em soro, no formato de ELISA, em pacientes com esporotricose cutânea confirmada por isolamento do fungo (n=58), assim como em pacientes com indicação clínico-epidemiológica de esporotricose, mas sem isolamento do fungo em cultivo (n=23). A avaliação da especificidade da técnica foi feita utilizando-se soros heterólogos. Os resultados demonstraram uma sensibilidade de 98% para ensaios de detecção de IgG e de 99% para ensaios de detecção de IgM, e a especificidade de ambos os testes foi de 89%. Reações cruzadas foram observadas, da mesma forma como em outros imunoensaios para o diagnóstico da esporotricose. Foram colhidas três amostras de soro, uma no momento do diagnóstico (tempo 1), uma três a seis meses após o início da micose (tempo 2) e uma de nove a 12 meses após início da micose (tempo 3). A avaliação dos anticorpos ao longo do tratamento mostra que na forma fixa da doença não foram observadas diferenças estatisticamente significantes, tanto nos ensaios de IgG como de IgM Apenas nos ensaios do grupo de pacientes com forma linfocutânea, observou uma diferença estatisticamente significante ente os tempos 2 [1,498 (IIQ: 1,026-2,009)] e tempo 3 [1,398 (IIQ: 0,925-1,678] com p=0,004 nos ensaio de IgG e uma diferença entre os tempos 1 [1,263 (IIQ: 0,639-1,658)] e tempo 2 [1,015 (IIQ: 0,511-1,336)], tempos 2 e 3 [0,853 (IIQ: 0,453-1,173)] e tempos 1 e 3 nos ensaios de detecção de IgM. Paralelamente foram analisados também, soros de 15 pacientes com infecção pelo HIV e esporotricose de diferentes formas clínicas nos quais a técnica de ELISA mostrou uma sensibilidade de 90% nos ensaios de detecção de IgG e sensibilidade de 80% nos ensaios de detecção de IgM. Concluímos que a técnica de ELISA pode ser utilizada como ferramenta de auxílio diagnóstico para pacientes com esporotricose e para pacientes com esporotricose infectados pelo HIV. Um maior tempo de acompanhamento de pacientes é necessário para melhor se estabelecer a importância da detecção de anticorpos como critério de cura da esporotricose. A técnica de ELISA é uma excelente ferramenta diagnóstica para pacientes de esporotricose sem confirmação micológica |