Avaliação da qualidade do Sistema de Informação sobre Mortalidade e fatores associados à mortalidade perinatal no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rodrigues, Patricia Lima
Orientador(a): Gama, Silvana Granado Nogueira da, Mattos, Inês Echenique
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20505
Resumo: Esta tese está estruturada na forma de dois artigos científicos completos. O primeiro artigo avalia a qualidade das informações disponibilizadas nas estatísticas vitais nacionais sobre a mortalidade perinatal. O segundo artigo analisa os fatores associados à mortalidade perinatal em uma amostra de recém-nascidos no Brasil. O primeiro trata-se de um estudo descritivo de completitude e confiabilidade interobservador. Participaram da avaliação de completitude 383 óbitos perinatais e 210 das análises de confiabilidade. A completitude refere-se ao grau de preenchimento de cada campo analisado e a confiabilidade avalia o quanto uma medida de um indivíduo obtida em diferentes circunstâncias ou por diferentes avaliadores ou instrumentos apresentam resultados similares. Para avaliar a confiabilidade utilizou-se o indicador kappa e o coeficiente de correlação intraclasse, além do método proposto por Bland e Altman que avalia graficamente a magnitude das discordâncias entre as medidas contínuas. A completitude foi superior a 80 por cento para a maioria dos campos avaliados, exceto escolaridade materna e número de perdas fetais/abortos. A concordância entre as informações se apresentou entre boa e perfeita para a maioria das variáveis avaliadas. Número de perdas fetais/abortos entre os óbitos fetais foi classificada como razoável, número de filhos vivos e duração da gestação agrupada entre os óbitos neonatais precoces e em sua forma contínua entre os óbitos fetais foram classificadas como regular. Foi observada baixa variabilidade e discordância para idade materna e peso ao nascer. Graficamente, a duração da gestação apresentou comportamento divergente entre os óbitos fetais e neonatais precoces, subestimando a medida para os fetais e superestimando entre 25 e 24 semanas de gestação entre os neonatais precoces. O segundo artigo é um estudo de caso-controle de base hospitalar, proveniente de um estudo nacional brasileiro Nascer no Brasil. Considerou-se casos todos os óbitos perinatais identificados pelo estudo, para controles foram selecionados os sobreviventes ao período perinatal, pareados por sexo, instituição e data de nascimento. A amostra final deste estudo englobou 415 casos e 1245 controles. (...) Em termos de fatores de riscos para os desfechos analisados, ambos componentes do óbito perinatal sofreram influência da condição socioeconômica materna. O óbito fetal também apresentou relação com complicações gestacionais. No caso do óbito neonatal precoce, a situação do RN ao nascer colaborou para aumento do risco.