Dançar: uma experiência de cuidado e positivação do envelhecimento em um centro de convivência público para idosos no município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Diana Junqueira Fonseca
Orientador(a): Azevedo, Creuza da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34216
Resumo: O presente trabalho aborda a prática da dança como cuidado e promoção da saúde para idosos frequentadores de uma Casa de Convivência para idosos de administração municipal na cidade do Rio de Janeiro. Como marco teórico, adotamos autores que trazem as características predominantes da sociedade contemporânea que geram um contexto de exclusão e isolamento social ao idoso; situamos a discussão da promoção da saúde através de uma perspectiva ampliada e o conceito de cuidado. Para isso, nos apoiamos principalmente em Canguillem e Winnicott. Para a teoria da dança, buscou-se teóricos da dança, filosofia e psicanálise, como José Gil, Winnicott. O estudo tem como objetivos geral e específicos: investigar a inserção da dança na vida dos sujeitos praticantes dessa atividade; se promove uma facilitação de um despertar para um corpo brincante, sensível, criativo; também são analisadas a dimensão interativa e intersubjetiva e os possíveis efeitos psicossociais da experiência de dançar para o sujeito, como atividade grupal. Utiliza-se o método qualitativo da psicossociologia francesa, a análise clínica psicossociológica francesa procura, através da valorização do sujeito e do contexto, apoiar e examinar a produção de sentido que se realiza pelos sujeitos, nos grupos e organizações. Utilizou-se como instrumentos a observação participante e entrevista não estruturada (ou aberta). As atividades analisadas foram a dança de salão e dança cigana. Foram realizadas 10 entrevistas, sendo 7 com idosos, 2 com gestores e 1 com professor. O estudo aponta a heterogeneidade sócio-cultural dos frequentadores da casa e vulnerabilidade social de parte dos idosos. Mostra uma conjuntura institucional de fragilidade e risco de ruptura por possível descontinuidade de política pública. Conclui-se que a prática da dança apresenta potencial de resistência por produzir uma positivação do envelhecimento e promover a socialização do idoso em isolamento; facilita o despertar para um corpo vital e sensível; pode ser facilitadora de processos de autonomia e empowerment grupal, sendo diretamente influenciada pela liderança do facilitador; Apesar disso, ainda é predominante o olhar biomédico para a saúde no grupo analisado.