Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Leitão, Maria Hellena de Azevedo |
Orientador(a): |
Oliveira, Sydia Rosana de Araújo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49799
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Resumo: |
A provisão médica tem sido fruto de debates internacionais há décadas, não sendo diferente no Brasil onde há um cenário de déficit e má distribuição de médicos. O Programa Mais Médicos, surge em 2013, com a finalidade prioritária de formar, captar e redistribuir médicos para atuação na Atenção Primária à Saúde. Um dos eixos do Programa, o Projeto Mais Médicos para o Brasil, é o tema do presente estudo que tem o objetivo de avaliá-lo no contexto da provisão no estado da Paraíba. Para a pesquisa, além de revisão bibliográfica, foram analisadas as respostas às questões sobre a provisão e satisfação ao questionário \201CMais Médicos - Formulário de Avaliação do Projeto de Pesquisa Análise político-social da implantação do Programa Mais Médicos no estado da Paraíba", além da base de dados do CNES. Foi possível observar no período estudado que houve um aumento de 34,3% dos médicos na APS nesse estado, dentre eles, 45,5% vinculados ao PMM. O Índice de Gini referente à concentração de médicos da APS variou de 0,478 para 0,356. Os resultados encontrados através da análise dos 272 questionários respondidos descrevem um perfil de médico com média de idade de 38,2 anos, média de anos de formado de 11,4 anos, 89% não tiveram o Mais Médicos como primeiro emprego e 85% já haviam trabalhado na APS. Dado preocupante do perfil mostra que 72% dos pesquisados não possuem Residência Médica ou especialização em Medicina de Família e Comunidade. Quanto à satisfação dos médicos foi possível verificar uma boa avaliação do Programa Mais Médicos na Paraíba (nota média 8,3 em 10). Os fatores mais importantes para a permanência no PMM foram a relação com os pacientes (96%), a afinidade com a APS (95%), o trabalho em equipe (90%) e o apoio da supervisão do Programa (85%). 81% dos entrevistados gostariam de renovar o contrato com o PMM e 85% gostaria de seguir atuando na APS mesmo após o término do Programa. Observa-se que com a implantação do PMM houve uma mudança não apenas no quantitativo de médicos como também no número de postos de trabalho, na relação com as horas trabalhadas, na interiorização e redistribuição desses profissionais. O estudo mostra que é fundamental o papel regulador do Estado sobre o trabalho médico para a provisão desses profissionais nos serviços públicos de saúde em áreas desassistidas. |