Percepções corporais em mulheres submetidas a cirurgia plástica pós-cirurgia bariátrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Souza, Ângela Maria Fausto
Orientador(a): Marinheiro, Lizanka Paola Figueiredo, Fontoura, Helena Amaral da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7931
Resumo: A questão da obesidade se apresenta como uma epidemia mundial e crescente. No seu quadro mais crítico, a obesidade mórbida (OM), normalmente está associada a distúrbios nutricionais e doenças que configuram a síndrome metabólica. O número de pacientes obesos submetidos à cirurgia bariátrica (CB) é crescente como alternativa de tratamento, com resultados positivos na saúde, para controle ou cura dessas doenças. Posteriormente, após o emagrecimento, realizam a cirurgia plástica (CP). Em um estudo qualitativo, entrevistamos 20 mulheres com obesidade mórbida submetidas tanto à CB como a CP,buscamos conhecer os significados que mulheres ex-obesas submetidas à CB e a posterior CP atribuem às modificações ocorridas nos seus corpose a satisfação pessoal das participantes. São estudados os sentimentos, as razões, o nível de informação, a adesão ao tratamento e os sentidos atribuídos por essas mulheres à CP. Verificamos que o efeito do emagrecimento após a CB altera a imagem corporal. Modifica-se o “conhecido corpo obeso” e este passa a ser considerado como uma fonte compartimentada de problemas decorren tes da perda de peso, interferindo fortemente na percepção corporal. A CB imputa modificações significativas não somente na imagem corporal como também na mente das entrevistadas, o que impacta profundamente a auto percepção delas frente à nova visão corpo ral tendo que adaptar-se a novos padrões pessoais e sociais. Nesse período as entrevistadas questionam a opção pela CB por vivenciarem diversos desconfortos durante o período de espera para realizarem as CP. A informação aparece como questão vital na proposta terapêutica. A demora pela CP constitui uma delicada questão de Saúde Pública. Concluímos que o nível de satisfação com a CB e a CP é alto e que na atenção terciária de saúde à OM, considerando uma visão global da terapêutica, só é viável considerar a oferta da CB, como opção médica de tratamento da obesidade mórbida, se for viabilizada a cirurgia de reconstrução corporal o mais precocemente possível, sendo entendida, ofertada e informada como parte de um mesmo processo.