Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Inácio, Alan Ferreira |
Orientador(a): |
Costa, Frederico Peres da,
Moreira, Josino Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23005
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Resumo: |
No Brasil, o cultivo do tabaco é associado a graves problemas de saúde entre os agricultores, e que podem evoluir para um quadro de depressão e suicídio. A exposição de trabalhadores rurais a agrotóxicos em culturas de tabaco é, na maioria das vezes, tratada como um evento isolado, desconsiderando-se a exposição concomitante a outras substâncias, comoa nicotina, presente nas folhas de tabaco. O presente trabalho tem como objetivo analisar as exposições ocupacionais e ambientais a agrotóxicos e nicotina na cultura de tabaco domunicípio de Arapiraca/AL, com ênfase nos efeitos dessas exposições sobre a atividade da enzima acetilcolinesterase (AChE). A partir do conhecimento do processo de trabalho local, um grupo de 72 fumicultores do município foram avaliados com relação exposição aagrotóxicos organofosforados (OP) e carbamatos e à nicotina nos períodos de cultivo e entresafra do tabaco. A exposição a agentes anticolinesterásicos foi avaliada através da análise da atividade da AChE eritrocitária, enquanto a exposição à nicotina foi avaliada através dosníveis plasmáticos de cotinina. Um grupo composto por 45 indivíduos foi utilizado como controle na comparação da atividade da AChE. Complementarmente, avaliou-se o efeito in vitro da exposição à nicotina e a OP sobre a atividade da AChE. A análise dos resultados mostrou que, nos testes in vitro, a nicotina somente inibiu a AChE em concentrações iguais ousuperiores a 0,5mM. A nicotina não apresentou efeito aditivo nas inibições da AChE por etil paroxon in vitro. (...) Seis indivíduos não fumantes apresentaram valores de cotininaentre 50 e 200 ng/mL, caracterizando uma exposição ocupacional a nicotina. A análise dos resultados in vivo mostrou que os níveis de cotinina plasmático apresentado pelos agricultoresnão têm correlação com a atividade da AChE. Isto aponta para a possibilidade da não ocorrência de um efeito aditivo da exposição à nicotina e agrotóxicos sobre a atividade da AChE, fator que pode ser utilizado para um diagnóstico diferencial entre a exposição aagrotóxicos e à nicotina entre trabalhadores da cultura fumageira. |