O farmacêutico na saúde coletiva: sua identidade, demandas do serviço e o papel do Internato Rural na sua formação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Saturnino, Luciana Tarbes Mattana
Orientador(a): Modena, Celina Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/3830
Resumo: As Diretrizes Curriculares de 2002 estabeleceram um novo currículo para o ensino farmacêutico na tentativa de aproximar a formação do profissional das exigências do novo modelo de atenção instituído com o SUS. Uma alternativa adotada por algumas Faculdades de Farmácia no país tem sido inserir em seus currículos a disciplina de Internato Rural (IR). No presente trabalho objetivou-se analisar a contribuição do IR do curso de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais na formação do farmacêutico para atuação no SUS. O estudo foi desenvolvido sob três perspectivas: o resgate histórico da profissão, a contribuição do IR na formação acadêmica, e a percepção dos profissionais farmacêuticos dos elementos necessários para a sua formação no contexto do serviço de saúde. Para o resgate histórico foi realizado uma revisão bibliográfica sobre a construção da identidade profissional do farmacêutico e sua inserção no SUS. O segundo momento, da pesquisa, foi realizado com os alunos matriculados no IR e com os idealizadores/coordenadores da disciplina. No último momento trabalhou-se com todos os gerentes das farmácias distritais do município de Belo Horizonte. Para a coleta das informações utilizou-se a técnica do grupo focal e a entrevista semi-estruturada. Os discursos foram analisados na perspectiva da análise de conteúdo e os resultados apontaram para um baixo conhecimento dos alunos sobre SUS e sobre a assistência farmacêutica, Entretanto, o IR foi considerado uma ponte de aprendizagem entre a teoria e a prática. A realidade da assistência farmacêutica apontada pelos alunos foi a mesma relatada pelos profissionais farmacêuticos. A falta do profissional e a fragmentação da atividade da assistência ainda caracterizam o cenário do Sistema. Neste sentido, o profissional farmacêutico passa por uma fase de ruptura do paradigma tecnicista para a (re)construção de sua identidade como profissional da saúde.